quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Associação Humanitária das Aves (6)

Junta de Freguesia de Vila das Aves,
por volta de 1970 
Foram estabelecidos contactos com a Corporação de Rebordosa. Esta corporação era recente e foi de uma abertura e disponibilidade que permite considerar os Bombeiros de Rebordosa como os autênticos padrinhos dos Bombeiros de Vila das Aves. Eles tinham, recentemente, percorrido o caminho que era preciso percorrer e deram indicações preciosas. Nomeadamente sobre a necessidade de constituir uma Associação que previsse a constituição de um Corpo de Bombeiros. É aqui que surge a urgência da constituição da Associação. O dr. Arnaldo Gouveia, advogado avense com escritório em Guimarães, redigiu os Estatutos. Contactou-se o notário e foi marcada a escritura para o dia 2 de Julho de 1977. O acto teve lugar no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vila das Aves.
Foram fundadores (embora nem todos tivessem estado presentes na cerimónia) os seguintes indivíduos, que sortearam entre si os números de 1 a 21 pela ordem indicada: Joaquim Ferreira de Abreu, Joaquim Costa Correia, Manuel Costa Pinheiro, Augusto Lopes Machado, António José Simões A. Carvalho, Armando de Abreu Martins, António Carlos Ferreira Marques, Arnaldo Dias Gouveia, Manuel Ribeiro, Luís Gonzaga Maia Frutuoso, Alfredo Ribeiro Ferreira, Joaquim Couto Azevedo, Francisco da Silva Ribeiro, Augusto Barbosa dos Santos, Emídio Ferreira de Lima, António Fernandes, Américo Freire Pedrosa, Armindo Machado, Lino Fernando R. Alves Costa, Floriano  Machado S. Moreira e Manuel Nunes A. Miranda.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Associação Humanitária das Aves (5)

Foto de www.bvaves.pt/historial
Fez-se um peditório, cujo resultado não terá sido brilhante.
Realizou-se um torneio de Futebol de Salão ( na Fábrica do Vasco), torneios de chincalhão na bouça das Fontainhas e um Moto-cross, na Barca, que acabou por não dar lucro por causa dos cachets dos principais participantes. O grupo promotor da ambulância começou a reunir-se na Junta de Freguesia.
A visão sobre o funcionamento de um futuro serviço de ambulância leva o grupo a pensar em Bombeiros. O maior entusiasta desta via é o Augusto Barbosa, que é colega de trabalho, no Porto, do segundo comandante dos Bombeiros Voluntários do Porto, o qual lhe dá informações concretas sobre as condições necessárias para a concretização da ideia do grupo. Um dia, decidiu-se no grupo fundador falar com os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (Vermelhos), apesar de, por princípio, não se pretender nada com eles. Arranjou-se a reunião, em Santo Tirso, e nele estiveram o Barbosa, o Emídio Lima  e o António Carvalho. Os interlocutores tirsenses afirmavam, convictamente, que, quando muito, se poderia vir a conseguir constituir uma secção de uma corporação da sede do concelho. Nessa conversa, o Comandante da corporação tirsense deixou escapar um desabafo que constituiu o "santo e a senha" para o que se passou a seguir: " não posso compreender como é que Rebordosa  conseguiu, visto que têm corporação na sede do concelho".

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Associação Humanitária das Aves (4)

António Marques (à direita)
Na origem da Associação Humanitária das Aves esteve uma ideia simples: providenciar para que houvesse, na Vila das Aves, uma ambulância, ao serviço de todos. Foi António Abreu Ferreira Marques o principal mentor dessa ideia.
A primeira iniciativa concreta de angariação de fundos para a concretização da ideia deve ter sido uma festa de passagem de ano ( 1975-76), um baile, na "Fábrica do Vasco", que terá rendido meia dúzia de contos. Na organização da iniciativa estavam, para além do António Abreu, o António Fernandes e o Lino Alves e mais alguns elementos do núcleo inicial.
Alguns dias depois, esse mesmo grupo realizou, no mesmo local, uma reunião, para que convidou mais algumas pessoas. A circunstância de ter sido logo a seguir a um "Aves 0 - Tirsense 4" ficou marcada na memória do nosso interlocutor e deve permitir, com alguma pesquisa fácil, determinar a data exacta da mesma. Foi aí que o António Marques desafiou os presentes para iniciarem um peditório na freguesia para arranjar dinheiro para a ambulância.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Associação Humanitária das Aves (3)

A Associação Humanitária das Aves transformou-se em Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves em data que, de momento, nos não é possível garantir com precisão. No livro "Vila das Aves em livro aberto", ( Vila das Aves, Abril de 2005), num texto de Gonçalo Carvalho intitulado "Bombeiros" pode ler-se: " O livro de Autos de posse, Livro de Honra, começou a ser preenchido e assinado a 4 de Dezembro de 1982. A primeira Assembleia Geral para eleição dos primeiros corpos sociais da Associação decorreu a 10 de Julho de 1983, tendo tomado posse no dia 22 do mesmo mês."
Sabendo-se que a escritura pública de constituição da AHA foi em 2 de Julho de 1977, isto é, 6 anos antes, como foi gerida a mesma nesse período? Como Comissão Instaladora?  Mas... os estatutos previam isso?
Aquela informação sobre a data da "primeira" Assembleia Geral e sobre "os primeiros corpos sociais" é a que tem sido veiculada em diversos documentos da responsabilidade das sucessivas direcções, sempre presididas pela mesma pessoa, que têm estado à frente da Associação. MAS NÃO CORRESPONDE À VERDADE...
De facto, antes de 1983, os corpos gerentes, constituídos por Direcção, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral eram presididos, respectivamente, por Augusto Barbosa dos Santos, Manuel Sousa Neto e José Rafael Machado Guimarães. Faziam parte da direcção Emídio Lima, como secretário, Américo Pedrosa como tesoureiro, e Joaquim Correia e António H. Carvalho, como vogais.
O presidente da direcção da altura foi também o primeiro comandante da corporação de bombeiros e em registo feito há vários anos atrás afirmou-nos ter sido afastado do comando "porque era uma pessoa incómoda no processo de tomada de poder absoluto sobre os destinos da Associação".

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A MEMÓRIA É CURTA...


...E os homens, ingratos!

Quem conhece minimamente o historial das relações entre as Juntas de Freguesia e as Associações das Aves, sabe que aquelas (em geral) sempre procuraram atender e apoiar os seus pedidos. Pode-se até ficar admirado como conseguiram satisfazer esses pedidos tão pequenos foram sempre os seus orçamentos. Além disso, não se vislumbram nesses apoios, parcialidades e intenções de futuras "cobranças", como acontece, quase sempre, em relação a outros "dadores"...
Ora, se há associação que tenha recebido importantes apoios financeiros e não só, dos diversos executivos da Junta ao longo da sua história, é o C D das Aves! Como igualmente a AHBVA...
É difícil entender, por isso, a atitude da direcção do Clube em relação à ARVA, sabendo-se que tudo indica tenha sido uma atitude contra a Junta na pessoa do seu presidente. É aquilo a que todos chamam "retaliação". Ainda por cima, dando a entender que terá sido uma retaliação encomendada... Se não é assim, a direcção referida terá muito para explicar...e bem!
Em 29 de Setembro de 1994, relatava assim a acta da Junta da altura:
Pavilhão Gimnodesportivo - O Presidente deu conhecimento de que na reunião da Comissão para o Gimnodesportivo do Clube Desportivo das Aves esteve presente na qualidade de Presidente da Junta (...) Foi nessa qualidade que aí declarou que ia propor ao executivo da Junta a concessão de um subsídio de 1.000 contos para a construção do Gimnodesportivo. (...) O subsídio é, pois, de 1000 contos e srá pago de forma faseada. (...)

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Associação Humanitária das Aves (2)

As notícias da imprensa nacional ( JN, 10 de Dez de 2010), não sendo abonatórias em relação a uma situação concreta, poderiam, eventualmente, ser contraditadas pelos visados.
Aparentemente, a defesa faz pressupor, um diferendo normal entre empreiteiro e dono da obra, justificado por entregas em espécie e 15 anos de discussão em tribunal.
Tanto quanto se sabe, a venda em hasta pública foi suspensa por ter surgido, atempadamente, o pagamento em falta. Assunto encerrado? Esperamos que sim.
Mas não deixemos em claro um parágrafo da notícia do JN: " o primeiro e único presidente da associação humanitária dos bombeiros", " que dirige a colectividade desde a sua fundação", é a forma como é referido o actual presidente da direcção.
Ora, tal não corresponde à verdade, como sabe qualquer avense que tenha idade par ter acompanhado a vida da sua terra nos últimos trinta e tal anos.

A Associação Humanitária das Aves (1)

Primeira ambulância e primeiro quartel da A.H.B.V. Vila das Aves
As movimentações que se anunciam, relativamente às relações entre o Corpo de Bombeiros e a direcção da Associação estabelecerão, julgamos nós, um marco na história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila das Aves. 
Esta é uma associação cujo carácter dispensa considerações de qualquer tipo e que, por isso mesmo, mereceria, em todas as circunstâncias, apenas referências laudatórias, não fosse dar-se o caso de, tendo em atenção os factos, nem tudo ser límpido e transparente quanto devia.
 Não pretendemos, senão, contribuir para que fique claro o historial que, como avenses, participantes na história da instituição e sócios da mesma, em boa parte vivemos.