sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Doação do Conde de S. Bento: a Escola Conde de S. Bento


Certidão da escritura de doação que o Conde de S. Bento fez à Junta de Paróquia de S. Miguel das Aves das Escolas Conde de S. Bento, em Quintão.








quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Presépios

Como já vai sendo tradição, são muitos os presépios espalhados pela vila. Aqui o registo de dois deles: o do Lar da Tranquilidade e o do jardim do Quartel dos Bombeiros.


domingo, 22 de dezembro de 2013

ASSOCIAÇÃO DE CLASSE DOS OPERÁRIOS DA INDÚSTRIA TÊXTIL DE NEGRELOS (2)


(Já foi aqui referida mas infelizmente já não há acesso com  o link aí inserido).


















Todo o documento aqui




terça-feira, 12 de novembro de 2013

Fotos antigas

O acesso ao cemitério de Vila das Aves, desde 1925 até ao final dos anos sessenta do século XX, fazia-se por uma escadaria de pedra situada do lado norte da Capela-mor da Igreja No cimo da escadaria, havia um enorme portão de ferro que se vê na foto.
Deve haver por aí quem tenha fotografias aí tiradas porque as grandes fotografias de grupo, antes da construção das escadas da frente da Igreja ( cerca de 1960), eram tiradas nas escadas do cemitério.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ilustrações dum livro de 1928 (do Padre Silva Gonçalves) (4)






Esta é a fotografia mais interessante do conjunto publicado no livro do Padre Silva Gonçalves. As obras efectuadas entre 1921 e 1925 contemplaram apenas a Capela-mor. A ampliação, refere o Padre da Barca, consistiu em dar-lhe mais 4 metros de comprimento e 1 em altura e mais duas portas e duas janelas.
A torre que se vê na foto não é a actual, visto que não está no meio da fachada principal e não é tão alta... Diz o Padre Joaquim na monografia que a primeira torre, de 1751, devia ter uns quinze metros "da base à grimpa" e teve um acréscimo mais tarde que a levou aos 19 metros (as sineiras primitivas, refere, eram visíveis pelo lado de dentro no seu tempo de rapaz de escola, tapadas a pedra e saibro...)
Na foto vê-se ainda o perfil do escadório do cemitério que foi demolido nas obras de ampliação e parece ter havido plantação de árvores novas no espaço a norte da Igreja, que era separado por um muro. Serão os plátanos que lá temos hoje?
O corpo da Igreja é nitidamente mais baixo que o actual: nas obras iniciadas em 1928 pelo Padre Álvaro Guimarães foi-lhe dada a dimensão que tem  hoje e colocada a torre no centro da fachada principal.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Ilustrações dum livro de 1928 (do Padre Silva Gonçalves) (3)


Outra ilustração do livro do Padre Silva Gonçalves, mostrando como ficou a Capela-mor da Igreja paroquial depois das obras iniciadas em 1921 e que foi  modificada no final da década de sessenta do sec. XX com as obras de ampliação.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ilustrações dum livro de 1928 (do Padre Silva Gonçalves) (2)

Outra ilustração do livro do Padre Silva Gonçalves.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ilustrações dum livro de 1928 (do Padre Silva Gonçalves) (1)

Publicado em 1928, o livro contém o sermão proclamado em Outubro de 1925 pelo autor, nas cerimónias de inauguração da ampliação e beneficiação da Capela-Mor da Igreja paroquial de S. Miguel das Aves.

Uma das quatro ilustrações do livro é esta fotografia que faz pensar que o portão do Cemitério Paroquial deverá ter sido transferido para norte para a ampliação da Capela-Mor...

Um sermão do Padre Silva Gonçalves, publicado em 1928...


O Padre Silva Gonçalves já foi referido aqui e aqui . 
O sr. Rodrigo da Silva já tinha dado conta, nas Jornadas Culturais a que se refere este último link,  de que o "sermão encomendado pelo benemérito avense Alfredo da Silva Araújo" e "pregado pelo próprio Pe. Silva Gonçalves na ocasião em que se estava a inaugurar uma beneficiação e ampliação da capela-mor da nossa igreja paroquial  - Out. 1925 ", já não sendo o pároco, havia sido publicado a expensas do encomendador.


Esse livrinho, com o título "A Igreja" foi certamente lido pelo Sr. Rodrigo Silva, visto que dele transcreveu uma pequena parte (ver "4as e 5as Jornadas Culturais". 

O que o Sr. Rodrigo não disse é que o livrinho tem ilustrações muito interessantes... 
Já lá iremos....

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Colégio de S. Miguel das Aves (séc. XIX)

Encontrado na net: o que aprendiam as alunas e  o enxoval que deviam trazer, encontrado aqui  http://araduca.blogspot.pt/2013/02/da-educacao-das-raparigas.html que com a devida vénia se transcreve

Da educação das raparigas


Quando o século XIX se aproximava do fim, a educação das raparigas continuava dirigida para a sua preparação para o mundo doméstico. A instrução das raparigas das classes mais altas tinha como finalidade prepará-las para o casamento e não para assegurarem o seu sustento. Aprendiam as artes da agulha, bordar e costurar, a tocar piano, a falar francês. Em 1891, o jornal Religião e Pátria publicou um anúncio em que se publicitava um novo colégio, dirigido por Senhoras Salésias, situado em S. Miguel das Aves, distando apenas da estação de Negrelos na linha de Guimarães, o espaço de um pequeno passeio a pé, que prometia uma educação esmerada, assente na solidez de princípios da Religião Cristã, firmeza temperada de carinho e disciplina, esmero em cultivar o espírito e formar o coração. Ali aprenderiam a ler, escrever, contar, sistema métrico, aritmética, português, francês, geografia, história universal, piano, desenho, flores e economia doméstica.

O anúncio indicava os custos mensais da pensão das educandas: uma mensalidade de 8.000 réis, paga em trimestres, antecipadamente, mais 500 réis mensais caso quisessem que a roupa fosse lavada e engomada no colégio e outro tanto para aluguer do piano, caso o não tenham e pretendam estudar aquele instrumento. Livros, medicamentos e outros extras eram pagos separadamente. Particularmente interessante é o rol do enxoval que cada rapariga admitida no Colégio da Visitação de Santa Maria., de S. Miguel das Aves, deveria levar aquando da sua admissão. É o seguinte:

Enxoval que cada educanda deve trazer
1 Leito de ferro,-segundo o modelo do Colégio e que não exceda a 1m,70 de comprido e 0m,75 de largo.
Colchão, enxergão, travesseiro e almofadinha.
6 Lençóis.
3 Fronhas de travesseiro e 3 de almofadinha, tudo liso.
3 Cobertores.
2 Cobertas brancas.
1 Cortinado segundo o modelo do Colégio.
4 Toalhas de rosto.
4 Guardanapos.
6 Camisas de dia.
4 ditas de dormir.
2 Camisolas de malha.
2 Corpos de flanela.
2 Coletes de espartilho.
2 Saias de baetilha, lã ou flanela.
2 ditas de fazenda escura.
6 Pares de calças.
24 Lenços de assoar
12 Pares de meias.
1 Vestido de merino preto.
1 Casaco próprio para Inverno
1 Talher de metal fino.
1 Copo de vidro para água e outro pequeno para vinho
1 Caixa de folha para pentes, escovas de pentes, de dentes, fato e cabelo. Sabonetes, esponja, pós de dentes.
1 Copo para o lavatório.
1 Lavatório de ferro.
1 Bacia de loiça e outra de folha pintada com o número da Educanda.
1 Cadeira para o dormitório.
1 Dita para o trabalho.

Religião e Pátria, Guimarães, 14 de Fevereiro de 1891

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Eleições autárquicas 2013

Resultados das  eleições autárquicas de 29 de Setembro, para a Assembleia de Freguesia:
PSD 2180, 49,41%
PS 1489, 33,75%
PCP/PEV 265, 6,1%
CDS/PP 203, 4,6%
Mandatos: PSD 8, PS 5.
Presidente da Junta : Elisabete Faria (pela primeira vez na história da freguesia é eleita uma mulher como presidente da Junta.





quarta-feira, 17 de julho de 2013

80 anos de Escutismo na Vila das Aves















A foto não está datada mas, pela idade de alguns dos presentes, podemos seguramente recuar 25 anos. Assim, à falta de melhor informação, está no foto a maioria dos escuteiros, lobitos e dirigentes do Agrupamento de Vila das Aves em 1988. Agradece-se a colaboração de quem possa definir melhor a data.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Fotos Antigas

A Escola Secundária D. Afonso Henriques por alturas da sua entrada em
funcionamento ( 1995 ? )

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vila das Aves: Ante-Plano de Urbanização - 1966

Ante-Plano de Urbanização, 1966

domingo, 7 de julho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (7)

Foi por nunca ter havido Plano de Urbanização para a Vila das Aves, com força de lei, que designámos estes textos de "mitologias"... A força das circunstâncias, em cada momento, modificou intenções mas nunca ao ponto de se promoverem interesses que não os colectivos. Aliás, só a circunstância de terem sido retidas receitas de montantes elevados, da energia eléctrica que a Junta vendeu e não pagou ao fornecedor, permitiu que a mesma Junta se tornasse proprietária dos terrenos do que se chamou depois "Loteamento das Fontainhas", que acabou por constituir o tal "centro integrador". E para a compra em condições vantajosas de tais terrenos terá contribuído, como  força coerciva, a suposição de que havia um "Plano de Urbanização" devidamente aprovado.
Na verdade, cerca de 1986 houve uma mudança total da definição das políticas urbanísticas com a obrigatoriedade da definição de um Planos Director Municipal que arrumou com os estudos anteriores relativos à Vila das Aves. A definição do Plano Director, entregue a técnicos diferentes, fez começar tudo da estaca zero, se assim se pode dizer, desde a redefinição dos equipamentos necessários e sua localização, aos espaços verdes, zonas agrárias e industriais, etc... Foi aí, por exemplo, que ficou reservado o espaço para a Escola Secundária...
O Loteamento das Fontainhas foi totalmente reformulado (em relação ao projecto inicial dos autores do Estudo Prévio do Plano de Urbanização) e foi o núcleo inicial do centro urbano que actualmente temos e de que nos podemos orgulhar.
A  julgar pelas onfra-estruturas, a qualidade do Loteamento das Fontainhas não
 seria a mesma se não tivesse havido redefinição do projecto.

sábado, 6 de julho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (6)

Em 1980, os arquitectos tirsense F. Wenceslau Moreira Dias e A. Micael Amaral apresentaram um "Estudo Prévio do Plano de Urbanização de Vila das Aves", encomendado pela Câmara Municipal, o qual foi alvo de alguma discussão pública. Em 1983, a Junta de Freguesia promoveu a exposição das diversas peças desenhadas e promoveu um inquérito sobre o assunto.
As principais intenções do estudo eram: a definição de um perímetro urbano, a localização do equipamento urbano, a salvaguarda de zonas agrícolas e de zonas verdes, "a utilização de espaços abertos com potencialidades recreativas e de lazer, tendo em conta a recuperação dos rios", a "concretização de um centro integrador", a concretização de "dois centros comerciais de bairro", a criação de um Parque de Campismo...
Relativamente à localização dos equipamentos, fala na alteração da intenção de localização do Mercado, por motivo de aparecimento de Escola ( Bom Nome) e "a previsão de uma área destinada ao ensino secundário, relativamente próxima": será daqui que procedem as referências aqui tratadas e que, por várias pessoas tidas como se este "Estudo Prévio" tivesse tido, alguma vez, força de lei...
Ainda outra preocupação dos autores do estudo, que bem podia ter sido considerada com vantagens, sobretudo no caso do Campo Bernardino Gomes: " a valorização dos actuais recintos desportivos com reserva de espaços envolventes"...
A principal questão que se tem de colocar é: mas afinal, chegou a haver um Plano de Urbanização da Vila das Aves?
Aspecto do centro de Vila das Aves cerca de 1995

quinta-feira, 4 de julho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (5)

A ideia de um Plano de Urbanização para a nossa terra aparece em textos anteriores a 1950. Havia preocupações e cuidados com o desenvolvimento harmonioso da freguesia. Mas, como é habitual nestas coisas, o "mercado" foi muito mais rápido que o desenvolvimento das ideias. Assim, o Ante-Plano de 1966 tinha como limite poente a Rua Silva Araújo e o crescimento da Vila "explodiu" para Cense de forma não planeada. O Alto da Bandeira e Sobrado estavam também fora dos limites do Plano e cresceram sem parar.
Mas há ainda outro tipo de crescimento não perspectivado no Ante-Plano: o crescimento em altura. Assim, as orientações fundamentais eram no sentido de orientar a construção para zonas de habitações com um máximo de rés de chão e dois andares e outras de máximo rés de chão e três andares.
E foi a própria Junta de Freguesia (nos primeiros executivos eleitos) a ultrapassar essa ideia quando colaborou (cedendo um terreno que julgava ser seu!) na  promoção da construção do Bloco de Habitações junto da Estação do Caminho de Ferro, inviabilizando uma ligação decente, bem desenhada no Ante-Plano, da actual rua Augusto Marques com a Avenida Conde de Vizela...
O prédio à esquerda inviabilizou a ligação à Avenida Conde de Vizela
prevista no Ante Plano de Urbanização.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (4)

Em entradas anteriores referimos, do Ante-Plano de Urbanização de Vila das Aves elaborado em 1966 e que terá sido aprovado pela Câmara Municipal em 1972, de acordo com o que escreve o seu autor no posterior "Estudo Prévio do Plano de Urbanização (1980), a proposta de localização dos seguintes equipamentos colectivos:
- um mercado, em Bom Nome, junto à rua Srª. da Conceição e
- um hotel ( e um parque ?) onde hoje está a Escola Secundária.
Que outros equipamentos estavam apontados nesse Ante-Plano?
Não muitos, mas ambiciosos:








- Estádio, em Romão, fazendo face, pelo nascente, com o início da Rua Silva Araújo. O velho Campo Bernardino Gomes aparece "loteado" a norte e a nascente...
- Hospital, bem perto do sítio onde está agora o Pavilhão do Clube Desportivo das Aves.
- Quartel dos Bombeiros, na que é hoje a Avenida 4 de Abril e quase de frente para o actual Centro de Saúde.
- Igreja, uma nova Igreja, na zona que hoje faz parte do Loteamento das Fontainhas e que está mais chegada à Escola da Ponte.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (14)

45 – O final da época futebolista de 1962/63 foi emocionante, quer a nível concelhio. O Tirsense disputou o acesso à 2ª. divisão nacional com o Famalicão, tendo empatado a duas bolas em Santo Tirso e a uma bola em Famalicão. Foi preciso uma finalíssima, realizada no Campo da Amorosa, em Guimarães, que terá sido um “acontecimento”, em termos desportivos. De Santo Tirso, além de 2 combóios especiais, saíram mais 15 camionetas e centenas de automóveis e bicicletas. E desta vez, o Famalicão levou a melhor, tendo ganho por um a zero. O Tirsense teria que esperar outra oportunidade para subir.


46 – Para o Desportivo das Aves, os últimos jogos do Campeonato Regional da 2.ª divisão que, a 50 anos de distância, temos vindo a recordar são reveladores de classe e de exibições convincentes: Ramaldense 1 – Aves 4; Aves 5 – Rio Tinto 0 e Aves 4 – Valadares 1.
O dia 2 de Junho de 1963 foi dia de festa rija: “ cada qual a seu jeito deu largas à sua alegria… A coisa tinha em si o paladar da recuperação do prestígio perdido e tinha ainda a doçura da conquista de um título. Nada portanto mais justo”.
A equipa que alinhou no jogo do título e cuja fotografia foi publicada no número anterior do Entre Margens, era constituída por Soares dos Reis, Loureiro, Neira e Domingos; Fernando e Dieste; Soeiro, Rapinha, Pereira Lima, Zé Pereira e Miranda. Nessa foto estão também o guarda-redes suplente Lucas e o massagista Leandro Marques.


47 – O cronista desportivo do Jornal das Aves, à época, era o Sr. Luís Freitas, que fez a sua despedida com a crónica do título: ”cessa aqui o meu compromisso… Faço-o, simplesmente, por ter reconhecido a minha incompetência para desempenhar o lugar de acordo com o valor do Jornal”. Foi humildade a mais, sr. Freitas! Pelo prazer que nos deu a leitura dos seus textos, o nosso obrigado!

 
48 - As imagens valem mais do que as palavras e por isso limitamos o texto para dar lugar às fotografias. Mas, relendo no Jornal das Aves a crónica “Pró-Vila das Aves” que o Padre Joaquim da Barca, nos seus oitenta e tal anos, ainda ditava, lá estão os parabéns ao presidente Serafim Rodrigues e à direcção, aos atletas, sócios e simpatizantes e a recordação: “que pena não serem vivos o sr. Bernardino Gomes, o José Castro Pedras, o Barros Lima e outros para verem a figura que fez o seu idolatrado Club”.







domingo, 30 de junho de 2013

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (13)

  (Publicado no "Entre Margens"
42 – O “Jornal das Aves” de 4 de Maio de 1963 comenta o empate a zero com o Rio Ave da seguinte forma: “Terá o nosso grupo perdido ou ganho um ponto em Vila do Conde? Não sabemos… Mas empatou um jogo eu podia ter ganho, não fosse a ineficácia dos nossos avançados. E ainda se foi buscar o Rapinha, que foi, aliás, o nosso melhor avançado, como se fosse o elixir para os nossos males. (…) Enfim, perdeu-se o último ponto que se podia perder em relação ao Ermesinde.”


43 – O campeonato aproxima-se rapidamente do fim, o Clube segue em primeiro lugar e vai contando as semanas que faltam para a festa final. O resultado Aves 4- Marco 0 é sinal de um alto nível exibicional, mas é preciso ler os jornais para ficar a saber que o resultado podia ter sido bem mais expressivo, já que “a bola esbarrou na trave pelo menos umas seis vezes, e já sem possibilidades de qualquer defesa”…
Nos relatos deste jogo é destacada a exibição do guarda-redes Soares dos Reis, que “se deu ao luxo de defender magistralmente um penalti” e são referidos dois jogadores como “regressados”: Pereira Lima e Pilú, aquele como avançado e este último como defesa e em boa forma. Como já no jogo anterior se referia que “se foi buscar o Rapinha”, fica-nos a dúvida: por onde andavam estes jogadores, que aparecem assim de repente´, no final da época, a titulares? Porque não apareceram mais cedo?



44 – Senhora da Hora 4-Aves 1!. “Não temos grupo para subir de divisão”! “Os nossos jogadores não têm brio nem vontade própria”! “O que era preciso era alguns dos nossos atletas lembrarem-se no sábado à noite de que no domingo têm de fazer um jogo que é preciso ganhar”. “O Ramaldense é a última saída e se perdermos este jogo não voltaremos, por certo, ao primeiro lugar”… “É um jogo de vida ou de morte para as nossas aspirações”. 

sábado, 29 de junho de 2013

Inscrições

Foto de 28 de Junho de 2013

















As obras de beneficiação do Campo Bernardino Gomes avançam em bom ritmo.
Os jovens desportistas ficarão, finalmente, com  um campo moderno, com a largura regulamentar (anteriormente não havia senão 50 metros de largura!) e com piso sintético.
A inscrição revela o montante da comparticipação camarária cujo mérito tem de ser reconhecido.
Para um Campo que o Ante-Plano de Urbanização de 1966 retalhava em lotes, que o Estudo Prévio do Plano de Urbanização de 1983 previa reservar os terrenos confinantes, o que não aconteceu, que uma desejada "Zona Desportiva", há bem menos tempo, dava a entender outro destino, verifica-se agora, com esta mudança de rumo, que terá um longo futuro. O Campo fez há dias 81 anos, pode durar outros tantos?

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (12)

(Publicado no "Entre Margens"

38 - O anúncio do jogo Tirsense – Vilanovense (a realizar logo após o interregno da Páscoa, para o Campeonato Nacional da 3ª. Divisão) é muito optimista, considerando que “tudo leva a crer que o Tirsense obterá mais um triunfo para assim manter intactas as esperanças de subir à 2ª divisão”, no ano em que comemora 25 anos de existência e a própria Vila comemora 100 anos com aquela categoria.
O optimismo cedeu lugar à raiva, visto que na semana seguinte vem a notícia da derrota por uma bola a zero, “por culpa de um homem a quem deram um apito”… Pior ainda, o Tirsense ficou com o campo castigado por um jogo. A notícia não esclarece porquê, mas também não parece difícil de adivinhar… Isso irá  custar bastantes sacrifícios, monetários e desportivos, diz-se e pergunta-se: quando será que as autoridades tomam as arbitragens a sério?


39 – Aves 3 - Paços de Ferreira 1. “Sem que tenha feito uma exibição espaventosa, o nosso clube praticou um futebol de razoável valia” … e mereceu a vitória.
Vista assim à distância, a série de crónicas parece insistir sucessivamente em “bater” no Zé Pereira, mas desta vez é só elogio: nos dois primeiros remates fez dois golos… Ora, se “isto vem provar o que sempre dissemos, para se marcarem golos é preciso rematar muito e de todos os ângulos”, eu fico baralhado com a lógica do comentador, pois o avançado do Desportivo, desta vez, só precisou de dois remates…

40 – Pelos jornal local de fim de Abril de 1963 também tomamos conhecimento de que se celebravam 35 anos de Salazar no governo da nação … “onde continua firme”, sabendo que “ a Nação atravessa momentos únicos na sua história multisecular”. “O povo continua, e muito bem, a confiar no homem”, escrevia-se.

41 – A contrastar fortemente com o tom sisudo deste elogio salazarista, a crónica de Monte Córdova abre com uma notícia intitulada “Continua morta na margem do rio…” para dizer logo de seguida que “as necessidades imediatas premem os habitantes de Cortinhas e das aldeias da mesma vertente a reclamarem a ressurreição da estrada que morreu na margem direita do rio Leça”. Perante tão exuberante ironia, terá a Câmara reagido positivamente?


quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (3)

(clique na imagem para ampliar)


O próprio Dr. António Pimenta, no texto publicado no livro das Jornadas Culturais, para além da referência à Escola Secundária, faz também alusão a uma Pousada e um Parque.

O Anteplano não é explícito (pelo menos nas peças a que tivemos acesso, relativamente ao Parque. Mas, quanto ao Hotel ( e não Pousada) está devidamente apontado para a Bouça do Santos Melo, na zona onde se situam hoje os campos de jogos da Escola Secundária ( assinalado com 9). Numa lógica de integração, o Hotel estaria no Parque?


É curioso verificar que a rua D. Afonso Henriques cumpre o traçado do Anteplano e apresenta, ainda hoje, o início de duas ruas nunca executadas: a ligação com a rua 25 de Abril e uma ligação para a Avenida Conde de Vizela por detrás da Escola onde se situa hoje a Sede dos Columbófilos (3).











quarta-feira, 19 de junho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves (2)

Tendo verificado, no escrito anterior, que não é verdade que o (Ante)Plano de Urbanização previsse para Bom Nome uma Escola Secundária, seria interessante averiguar que é que previa, efectivamente, o referido ante-plano em matéria de equipamentos colectivos e onde os situava.

A listagem incluída numa das peças do ante-plano é a que se apresenta. No que se refere a escolas, a referência serve para mais do que uma. Onde? Curiosamente, aparecem apenas referidas as escolas primárias que existiam nessa época, não havendo sequer referência à Telescola, que funcionava na Junta de Freguesia desde 1965.

terça-feira, 18 de junho de 2013

"Mitologias" sobre a evolução da Vila das Aves


Nas "décimas nonas Jornadas Culturais da Vila das Aves" ( 2005) o antigo Presidente de Junta (1960-1963 e 1972 -1974) Dr. António Pimenta, referiu ter tido um empenhamento muito sério no "Plano de Urbanização que já o sr. Luís Gonzaga Mendes de Carvalho pretendia" e falou da "rua projectada " de continuação da Rua Srª. da Conceição à Tojela, com 22 metros de largura, (...) estando os terrenos necessários cedidos gratuitamente e que "seria ladeada pela Escola Secundária e do 3º ciclo". 
Que um Plano de Urbanização tinha sido muito solicitado, sabia-se. E que, na forma de "Ante-Plano de Urbanização", tinha condicionado várias construções e definido alguns arruamentos, também sabíamos. Mas que previsse exactamente aquilo que disse o Dr. António Pimenta e está escrito no volume daquelas jornadas culturais, era uma dúvida a desfazer, até porque outro antigo presidente da Junta, Geraldo Garcia, em documento de que de momento não conseguimos localizar, fez afirmações idênticas.


Uma pesquisa nos arquivos da Junta de Freguesia permitiu-nos verificar que o Ante Plano de Urbanização de Vila das Aves elaborado em Maio de 1966 e que terá sido aprovado ( na Câmara ? ) em 1972 não prevê nesse local  nem escola nem pousada ( também referida no mesmo texto).

Previa-se, isso sim,  uma zona de habitação com o máximo de RC, cave e 3 andares e a implantação de um mercado ( ver 6 )






DÉCIMAS SÉTIMAS JORNADAS CULTURAIS DE VILA DAS AVES,
Editor:  P.e Fernando Azevedo Abreu, Pároco de Vila das Aves.
2006, Execução gráfica da Gráfica  do Ave, Riba d'Ave.








No volume que regista o decurso das  Jornadas Culturais de 2005 pode ler-se o texto da Conferência do Dr. Fernando Pinheiro (" A luta contra a pobreza em Portugal") , retrospectivas da Fundação do Grupo Etnográfico das Aves e do Clube Desportivo das Aves,  conferência sobre "Partilha vocacional" e "Interpelação vocacional"  e ""Imagem de marca" ao longo dos 50 anos de elevação de Vila das Aves a Vila". E ainda uma conferência sobre "O futuro do poder autárquico".  A páginas 166 aparece a caricata foto com a cadeira vazia, legendada a preceito: "cadeira vazia reservada de princípio ao fim ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia (...) " que, ao que se sabe, não foi formalmente convidado...
A par deste registo existe um outro, específico da intervenção de Geraldo Garcia no debate dos 50 anos de Vila. A ele se refere o editor, a páginas 181, da forma seguinte: " ao remeter deontologicamente o leitor para esse texto, aqui somente ficam registadas algumas fotografias que ... com a cordial solicitude do seu autor que as considerou "Imagens de marca". Além da intervenção deste antigo presidente da Junta, o volume contém uma intervenção do Dr. António Pimenta e outra do Engº. Aníbal, também eles antigos presidentes de Junta.



Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (11)

(Publicado no jornal Entre Margens)

33 - Março de 1963 – Serzedo 1 – Aves 4. “Não há mal que sempre dure…  A turma principal, que há vários jogos não dava tranquilidade à massa associativa, apresentou toda a gama dos seus recursos.”
A categoria secundária (as Reservas), que ganhou por dois a zero ao Rio Tinto, tem o primeiro lugar garantido.
A propósito da realização de um torneio popular anunciado para breve, o cronista do Jornal das Aves insiste na criação de escolas de iniciação desportiva: “ Hoje é o amanhã que ontem nos esqueceu: será com estas palavras que, qualquer dia, quando precisarmos de uma equipa de juniores organizada, nos havemos de lamentar do pouco ou nada que fizemos”.

34 – Houve surpresa geral com as notícias dos jornais diários, relativas ao Conselho Jurisdicional da A. F. do Porto, que decidiu anular uma decisão anterior que considerava terminado o jogo com o Marco, interrompido ao intervalo com 3 – 0 a favor do Aves… “Isto brada aos céus: um justo a sofrer as consequências dos erros do pecado.” A coisa acabaria de compor-se, mais tarde, com uma decisão superior que confirmou a vitória do Aves.

35 – Valonguense 1 – Aves 1. A nossa equipa encontrou sérias dificuldades, pois “o Valonguense já no nosso campo tinha mostrado que é um grupo que procura mais o homem do que a bola.

36 - Aves 0 – Ermesinde 0. Continuamos a comandar a prova com dois pontos de avanço, apesar da cedência de um ponto a quem nos convinha vencer.
A categoria de reservas venceu o último jogo (Aves 6 – Ramaldense 0) e com ele o título de campeão. Fez, no entanto, um jogo pobre, tendo tido a vantagem de jogar contra nove elementos, já que o adversário não apresentou mais.

37- Perafita 6 – Aves 0. A mais pesada derrota do campeonato, com zero a zero ao intervalo… Que se passou com a equipa candidata ao título? “Não abundam reservistas à altura, … e foram necessários dois”, justificou o cronista. Mas, através de um recorte de um jornal diário, é possível recordar a “linha” (curiosamente indicando uma táctica 3 – 2 -5 ): Soares dos Reis; Domingos, Vieira e Bessa; Fernando e Dieste; Soares, Monteiro, Pereira,   Lourenço e Miranda. Fica-se com a ideia de que quase meia equipa não jogava habitualmente.


domingo, 9 de junho de 2013

Vila das Aves: Ante-Plano de Urbanização - 1966 (2)

As propostas do Ante-Plano para os arruamentos na zona da Igreja

sábado, 18 de maio de 2013

80 anos de Escutismo na Vila das Aves

" O escutismo católico, introduzido em Portugal pelo Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos, alma de gigante, entrou em S. Miguel das Aves no primeiro domingo de Outubro de 1933, com a formação do Grupo N.º 90, sob a égide de S. Miguel Arcanjo, tendo tido por madrinha Dª. Alice da Natividade Martins Dias Gouveia e por padrinho o padre Joaquim Carlos de Lemos. Teve a seguinte direcção: Chefe - Albano Ferreira Martins, Adjunto - Joaquim da Costa Carneiro, Secretário - Luís G. Mendes de Carvalho." (S. Miguel das Aves, Monografia, Padre Joaquim da Barca, pag. 138).

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (10)


 (Publicado no Entre Margens)
28 – Fevereiro de 1963, dia 24, Domingo. “Vitória difícil num jogo fácil”, escrevia o cronista a respeito do Aves 2 – Cruz 1. “Se os jogos de futebol se decidissem como os de boxe, teríamos 80 pontos a favor e 20 contra”. A falta de desportivismo é a nota dominante da crónica deste jogo, dando conta de paragens que hoje já não são autorizadas: para repor a bola em jogo, vai um, vai outro e vem depois um terceiro… A derrota do visitante foi um justo castigo para esta falta de desportivismo.

29 – Aves 3 – Rio Ave 2, em reservas. Já demos conta antes da dificuldade em saber exactamente de que ano são algumas fotografias de equipas do Desportivo. Aqui vai mais uma foto que terá cerca de 50 anos, da equipa de reservas, mas de que não temos a certeza da época. Quem sabe esclarecer? 1962/63? 1963/64? Esperamos respostas dos leitores, identificando os atletas, se possível.

30 – Aves 1- Amarante 0. O Amarante só não empatou porque falhou uma grande penaliade. A escassez do resultado ficou a dever-se à falta de remate do Zé Pereira e à grande exibição do guarda-redes amarantino. “Quererá o Zé Pereira marcar golos só a 2 metros da baliza? Será que já não acredita no seu pontapé?”

31 - Aves 4 –Lixa 2. O Zé Pereira, diz o cronista, continua obstinado no seu sistema pessoal, o Dieste vem sendo notado pelo seu esforço, o Loureiro podia satisfazer a extremo direito visto que já não tem estofo para um lugar de muito trabalho… O próximo jogo é em Serzedo e “é preciso que os nossos atletas não vão para lá com a ideia de que se pode ganhar mas sim com a ideia de que é preciso ganhar, ainda que isso custe muitos sacrifícios.”
Com a vitória em Ramalde, as nossas reservas ficaram com o título de campeão ao seu alcance.

32 – Por Santo Tirso há a notícia de que o Tirsense mobilizou apoiantes que encheram 24 camionetas para o jogo com o Progresso e que, na semana seguinte, já era campeão distrital, com acesso à terceira divisão nacional. Ora esta dá acesso à tão desejada segunda divisão nacional  e “tendo uma equipa jovem, esperamos que seja este ano”.
Por estes dias pede-se no jornal a atenção da Câmara para o arranjo à volta da Capela do Senhor dos Passos, pois longos anos antes foram demolidos uns prédios e aquilo ficou com mau aspecto.
Recolho a notícia como pretexto para perguntar se ainda se lembram onde era a Capela do Senhor dos Passos, que está lá, eu sei, mas em local diferente, por ter sido deslocalizada…


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25 – Retomamos a leitura do Jornal das Aves de 1963 antes de mais para verificar o resultado do jogo com o Valadares. Tenho muita pena, mas tenho que confirmar o resultado, mesmo que o leitor atento que nos interpelou garanta que tem a memória viva desse jogo… A memória é bem capaz de trair qualquer um, de modo a esconder um fracasso…

26 – “Vai sendo tempo de se pensar em arranjar um homem que vá pescando nas aldeias e freguesias vizinhas alguns rapazes com jeito e vontade para o futebol, a ver se logo que as tardes o permitam se pode começar a treinar uma escola de jogadores para a nossa equipa de juniores da próxima época.”
            São poucas as notícias de jogos de juniores e os registos fotográficos destas equipas também. A foto abaixo é de uma equipa júnior do Desportivo mas como não temos certeza da época a que se refere nem somos capazes de identificar todos os jovens presentes, desafiamos os leitores a fazê-lo. Colabore contactando o Entre Margens por carta, email ou através do facebook…

27 – Castelo 4 – Aves 5. “Se incluíssemos neste resultado mais dois golos que o árbitro inexplicavelmente anulou ao nosso grupo” … estaríamos com um resultado de andebol. “Estranho foi que a defesa se deixasse bater quatro vezes pelo último classificado.”
            Vencido o Castelo neste início de segunda volta, haverá embalagem para aguentar o comando da prova até ao fim?

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (8)


 (Publicado no jornal Entre Margens)


22 – No mês de Janeiro de 1963, os resultados do Desportivo, de acordo com o Jornal das Aves, que tem sido a base deste nosso registo, foram:
            Aves 1- Rio Ave 1 , num dia de invernia e com o campo encharcado. Foi o primeiro ponto perdido em casa. “Os nossos adversários, mais bem constituídos, souberam aproveitar melhor as circunstâncias do tempo e do campo”.
            Marco 0 – Aves 3. No fim da primeira parte e já com o resultado referido, o árbitro deu o jogo por terminado, por ter sido apedrejado por adeptos do clube local. Diz o cronista que a equipa adaptou o jogo às circunstâncias e, vai daí, interroga-se se não terá sido em consequência do seu comentário na crónica anterior…
            Aves 5 – Senhora da Hora 1. “ O guarda-redes, no pouco que teve que fazer, esteve bem. O nosso grupo venceu mas a exibição não convenceu.” Ora, se ganhando assim, a equipa não convence, dá para pensar que já está o cronista a exceder-se… Se não, veja-se: “ O Zé Pereira, marcando três golos e sempre esquecido de que a linha da frente é composta por cinco elementos” e, salvo algum elogio ao Neira (“no seu normal”) ao Oliveira (“segunda parte acertada, mas na primeira teve falhanços de causar arrepios”) e Miranda (“a jogar em grande plano”), é crítico bastante para assegurar que “os restantes quase não se viram”!
            Aves 3 – Ramaldense 1. Fica tudo dito assim, tal e qual:” o jogo com o Ramaldense foi, simplesmente, um jogo à Ramaldense”.
            Rio Tinto 3 -  Aves 4. Superado mais um obstáculo.
            Valadares 3 – Aves 1. O fracasso desta saída dá azo a várias considerações tácticas do cronista: “se analisarmos aquela espécie de 4-2-4 que a nossa equipa pratica, chegamos à conclusão de que o sistema não está de acordo com as características dos nossos jogadores”. Resta-nos a consolação da derrota do Ermesinde e do empate do Valonguense.


23 – Vamos vendo, semana a semana no Jornal das Aves, o crescendo da discussão pelo nome das estações dos correios e do caminho de ferro (dois enclaves, titulava o seu texto um “velho avense”). Um colaborador, presença habitual na primeira página com uma “gazetilha” em verso sobre “fait-divers” propícios à crítica e com o bem apanhado pseudónimo de Tónio da Graça Barata deixou para a posteridade que “camelo não é cão / borrego não é leão / a galinha não é galo / a égua não é cavalo / eu cá não posso gramar / que queiram classificar / Vila das Aves – Negrelos ! / Essa não me entra no caco, nem que lhe abram um buraco / com três dúzias de martelos.”


24 – A electrificação do campo e a construção de uma sede eram, segundo o presidente Serafim Rodrigues em entrevista publicada a 26 de Janeiro de 1963, os grandes projectos do Club Desportivo das Aves. Percebe-se que não se falava em conquistar títulos, apenas em criar melhores condições para a prática desportiva e resolução da crise financeira. Recorde-se que, à data, a sede era na Rua Silva Araújo, junto do Mercado, onde funciona actualmente a Foto Avis.