Parece que o equipamento se encontra em serviço ainda é o original, o que constitui uma proeza técnica impressionante. (Espero poder confirmar, brevemente, esta informação).
Foi com os excedentes de produção eléctrica da Fábrica do Rio Vizela que se começou a electrificação de S. Miguel das Aves, cuja Junta de Freguesia se proprietária da rede e distribuidora.
A nacionalização da rede eléctrica depois do 25 de Abril retirou à Junta de Freguesia esse previlégio, sem que alguma vez tenha sido recebida indemnização pelo património nacionalizado. No nosso concelho apenas uma freguesia escapou a essa onda e ainda hoje mantem uma rede privada: a freguesia de Roriz, cuja rede pertencia ( e pertence) a uma Cooperativa. Curiosamente, terá sido a estrutura cooperativa da sociedade detentora da rede a razão da sua não nacionalização.
A nacionalização não foi feita directamente para a EDP. Passou primeiro pela integração nos SMAES ( Serviços Municipalizados de Água, Electricidade e Saneamento) da Câmara, quando era Presidente da Junta de Freguesia o Prof. José Pacheco e presidente da Câmara o Dr. Joaquim Couto, ambos eleitos pelo Partido Socialista ( 1982 - 1985).
Aparentemente não terá havido nenhuma negociação relativa ao património e infra-estrutura. Ficou tudo pelas dívidas, que as havia, de muitos meses, da Junta à EDP, numa altura em que, por falta de investimento, a rede se encontrava sobrecarregada e obsoleta.
Nota ( em 6/01/09): de acordo com informação do Sr. Engº Gonzaga de Carvalho, a Central de Caniços tem "dois grupos respectivamente de 1905 e 1908 e que trabalharam até há poucos anos e que infelizmente terão sido vandalizados".
Afinal, a "turbinagem" do Rio Vizela em Caniços tem mais de 100 anos...
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