sábado, 30 de abril de 2011

Corredoura, Rio Ave

Num trabalho de Francisco da Silva Costa do Departamento de Geografia da Universidade do Minho aparece a figura relativa ao projecto de uma fábrica têxtil apresentado às autoridades competentes em 1907, pela empresa Faria N. Guimarães e Companhia. A fábrica pretendia aproveitar a força motriz das antigas "moendas". O açude resiste à passagem do tempo, mas da fábrica pouco resta. 
Na década de 1960 passava-se o rio pelo açude para ir para Delães e havia um aproveitamento hidro-eléctrico no local. Com a construção de edifícios fabris no lugar da Barca a zona ficou praticamente inacessível.
    Recentemente, a Associação de Amadores de Pesca de Vila das Aves  com o beneplácito da Casa da Barca, proprietária dos terrenos e o apoio da Junta e dos associados, procedeu à limpeza de uma faixa de terreno na margem direita do Rio Ave e dos respectivos acessos, com vista à criação de uma pista de Pesca Desportiva. Foi levada a cabo também uma acção de repovoamento piscícola e os associados passaram a ter um local privilegiado para os seus tempos livres.
A protecção do património natural só beneficia com este tipo de intervenções. Seria fantástico conseguir que se mantivessem transitáveis os carreiros da margem que os pescadores desportivos utilizavam há quarenta anos, desde o Amieiro Galego à Corredoura.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Posturas de Famalicão, 1873

A aplicação das posturas nas freguesias rurais:

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Posturas de Famalicão, 1873

 É interessante descobrir, em documentos antigos, a evolução de alguns aspectos da nossa região. 

Em 1873, S. Miguel das Aves pertencia ao concelho de Vila Nova de Famalicão e as posturas municipais desse concelho, publicadas nessa data, tinham certamente aplicação aqui.

O Capítulo respeitante a Caça e Pesca dá a entender que perdizes, codornizes, coelhos e lebres deveriam existir em relativa abundância.

É curioso verificar como se pretende defender os animais de processos de caça traiçoeiros ( "é defeso caçar coelhos ou lebres em qualquer tempo do ano com rede laço ou fio de arame, à espera ou qualquer outro modo traiçoeiro".
No entanto, " no tempo não defeso, é permitido caçar coelhos ou lebres com arma de fogo",  mas "tão somente às pessoas que estiverem  munidas da licença"....

Noutro capítulo, no artigo 143º, refere-se a possibilidade de a Câmara "ordenar que nas freguesias rurais do concelho se faça montaria à raposa ou a qualquer outro animal bravo e daninho", os moradores que forem avisados são obrigados a concorrer, com pena de 500 réis de multa aos que faltarem ( mas só é avisada uma pessoa de cada casa...)


sábado, 16 de abril de 2011

O Imediato Negativo - Poemas

de José Afonso de Castro Bastos

Edição de 1988

Execução Gráfica:

Gráfica Vimaranense

Guimarães


103 Páginas


Hino à Juventude


Há urgência de amor entre os anseios

Que te incendeiam

As horas sempre azuis


Há quem te queira desvirtuar a vida

Roubando-te as estrelas que inventaste


Continua a sonhar de peito aberto

Nessa pureza que desbrava o mundo

E a vida em cada instante será tua

No jeito que o futuro te aprouver


De mãos entrelaçadas serás fruto

O germén de florir a humanidade

Na água do teu riso

E do teu canto

A Queda e Evasão de Goa, Damão e Diu

de Luís Pinto (1940 -   )



Edição de Julho de 2009

Paginação e impressão: Liberto e Filho - Artes Gráficas, Lda - Vila das Aves

126 Páginas

Tiragem: 150 exemplares





" É triste perder assim um território! E foi assim na tarde de 19 de Dezembro que começamos a ser "prisioneiros de guerra". Sem saber ainda o martírio que iríamos passar durante vários meses. (...)
Antes de seguirmos para o campo de prisioneiros fomos obrigados a percorrer de manhã à noite as ruas da cidade, sempre escoltados por centenas de soldados indianos.(...) Éramos enxovalhados pela população, pedíamos água e eles atiravam com a água à nossa cara e cuspiam na nossa cara. Os goeses foram injustos."
 ( pág. 40)


"Fomos obrigados a ficar em sentido. Eis que surge pela porta de entrada um pelotão de fuzilamento acompanhado por um general alto, de barba, arrogante, prostrando-se à nossa frente, aí a uns 20 ou 30 metros.(...) Aquele pelotão de fuzilamento não vinha ali brincar às 2 ou 3 da madrugada. (...) E foi com espanto que naquele momento meia dúzia de soldados, em sítios diferentes, deram um passo em frente, desafiando aquele general e o seu pelotão de fuzilamento (...). (...) Os nossos camaradas marinheiros, mais atrás na formatura, gritaram "queremos a liberdade, queremos a liberdade".
"... o general deu ordens ao pelotão para começar a fuzilar os presos." ... o nosso capelão, naquele segundo antes da chacina, avançou direito ao general. (...) depois da conversa dos dois militares, foi-nos comunicado pelo capelão para pedir perdão ao general por aquela atitude que tivemos perante ele, considerada como uma ofensa pessoal e militar!" ( pág. 50 a 54).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vila das Aves, Elementos para uma monografia

de Fernando Marques de Oliveira ( 1931 - )





Edição de 1 de Novembro de 2005

Montagem, Impressão e Acabamentos: Tipografia das Aves.

240 páginas.

Tiragem: 200 exemplares


"Elementos para uma monografia (...) vai ser título de um conjunto de informações sobre a terra que é nossa e cujo conhecimento é um dever.
Vila das Aves, Elementos para uma Monografia aqui fica, nas mãos do leitor amigo, para analisar, corrigir, completar e castigar, onde mereça." (pág. 11).



sábado, 9 de abril de 2011

Festas da Vila 2011: para memória

As festas da Vila decorreram no Fábrica do Rio Vizela, no passado fim de semana...

Para muitos, foi revisitar o antigo ambiente de trabalho.
Para outros, oportunidade de ver ao perto o que só conheciam de longe.
Para muitos, olhando a grandiosidade do passado, altura de indagar: que futuro para o local da grande indústria, que utilidade para a enorme infraestrutura que se degradando a cada dia que passa?




sexta-feira, 1 de abril de 2011

S. Miguel das Aves em meados do século XIX

nO BLOG DO "ENTRE MARGENS" E NA EDIÇÃO EM PAPEL DO MESMO JORNAL:

QUINTA-FEIRA, MARÇO 31, 2011


S. Miguel das Aves em meados do século XIX









A pretexto dos 56 anos de vila, e com ajuda do escritor Arnaldo Gama, recuamos na edição de hoje do Entre Margens até 1859.
Reunidas no volume “Só as Mulheres Sabem Amar” - (Verdades e Ficções)”, Arnaldo Gama publicou nesse ano uma série de novelas de cariz romântico.
Entre essas novelas, destaca-se “Um Defeito de Organização”; não só porque a ação se passa em S. Migueldas Aves e nas terras vizinhas, mas sobretudo porque permanece como um testemunho dos usos e costumes das gentes do Minho (região à qual S. Miguel das Aves pertencia). Joaquim Moreira leu a novela e dá-nos conta da importância que a mesma tem para a história local.
O colaborador do Entre Margens, na parte final do seu texto (que pode ser lido na edição publicada nesta quinta-feira) conclui que “seria de todo o interesse" a reedição deste livro, pois estão lá bem documentadas “as tradições, usos e costumes, e a linguagem” típica desta região. É um“património que nos interessa preservar como comunidade. Quem sabe estudada pelos jovens nas nossas escolas. Para além de ficarem a conhecer o romantismo na literatura - porque é uma novela romântica-, aprenderiam a nossa História como povo”, refere Joaquim Moreira.
Brevemente, o texto “Uma novela em S. Miguel das Aves”estará também disponível neste blog.

Fotos antigas

Até nem é muito antiga, no local é que está tudo mudado...