"E a nossa linda igreja e o nosso formosíssimo outeiro? Ei-los, lá estão, amigo; - ela no meio daquele deleitoso e copado bosque de carvalhos e castanheiros, que a abraça por três lados, mas com a frente desassombrada a olhar para as campinas d'além do Ave; ele, donairosamente erguido a distância, vendo-a, à esquerda, ao sopé, e mais ao longe, lá em baixo, a imensa planície do outro lado do rio, repartida em campinas..."
Naturalmente, a foto da Igreja não condiz com a descrição que Arnaldo Gama faz: o bosque de carvalhos e castanheiros passou a bosque de plátanos e tílias... Informa o Padre da Barca (S. Miguel das Aves, Monografia, 1955) que "todos os terrenos que cercam a Igreja foram comprados ao Estado por 1200$00, em 1922, pela Junta da presidência de Bernardino José Moreira Garcia, o que foi uma providência, e medem 12 000 m2".
Um palpite: os terrenos referidos terão sido "nacionalizados" na República e por essa altura foram-se os castanheiros e os carvalhos... e, com a compra, em 1922, repovoou-se o espaço, agora com tílias e plátanos...
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