Foi por nunca ter havido Plano de Urbanização para a Vila das Aves, com força de lei, que designámos estes textos de "mitologias"... A força das circunstâncias, em cada momento, modificou intenções mas nunca ao ponto de se promoverem interesses que não os colectivos. Aliás, só a circunstância de terem sido retidas receitas de montantes elevados, da energia eléctrica que a Junta vendeu e não pagou ao fornecedor, permitiu que a mesma Junta se tornasse proprietária dos terrenos do que se chamou depois "Loteamento das Fontainhas", que acabou por constituir o tal "centro integrador". E para a compra em condições vantajosas de tais terrenos terá contribuído, como força coerciva, a suposição de que havia um "Plano de Urbanização" devidamente aprovado.
Na verdade, cerca de 1986 houve uma mudança total da definição das políticas urbanísticas com a obrigatoriedade da definição de um Planos Director Municipal que arrumou com os estudos anteriores relativos à Vila das Aves. A definição do Plano Director, entregue a técnicos diferentes, fez começar tudo da estaca zero, se assim se pode dizer, desde a redefinição dos equipamentos necessários e sua localização, aos espaços verdes, zonas agrárias e industriais, etc... Foi aí, por exemplo, que ficou reservado o espaço para a Escola Secundária...
O Loteamento das Fontainhas foi totalmente reformulado (em relação ao projecto inicial dos autores do Estudo Prévio do Plano de Urbanização) e foi o núcleo inicial do centro urbano que actualmente temos e de que nos podemos orgulhar.
A julgar pelas onfra-estruturas, a qualidade do Loteamento das Fontainhas não seria a mesma se não tivesse havido redefinição do projecto. |
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