terça-feira, 2 de julho de 2013

Há 50 anos foi assim… (O desporto na Vila das Aves, lido na imprensa local ) (14)

45 – O final da época futebolista de 1962/63 foi emocionante, quer a nível concelhio. O Tirsense disputou o acesso à 2ª. divisão nacional com o Famalicão, tendo empatado a duas bolas em Santo Tirso e a uma bola em Famalicão. Foi preciso uma finalíssima, realizada no Campo da Amorosa, em Guimarães, que terá sido um “acontecimento”, em termos desportivos. De Santo Tirso, além de 2 combóios especiais, saíram mais 15 camionetas e centenas de automóveis e bicicletas. E desta vez, o Famalicão levou a melhor, tendo ganho por um a zero. O Tirsense teria que esperar outra oportunidade para subir.


46 – Para o Desportivo das Aves, os últimos jogos do Campeonato Regional da 2.ª divisão que, a 50 anos de distância, temos vindo a recordar são reveladores de classe e de exibições convincentes: Ramaldense 1 – Aves 4; Aves 5 – Rio Tinto 0 e Aves 4 – Valadares 1.
O dia 2 de Junho de 1963 foi dia de festa rija: “ cada qual a seu jeito deu largas à sua alegria… A coisa tinha em si o paladar da recuperação do prestígio perdido e tinha ainda a doçura da conquista de um título. Nada portanto mais justo”.
A equipa que alinhou no jogo do título e cuja fotografia foi publicada no número anterior do Entre Margens, era constituída por Soares dos Reis, Loureiro, Neira e Domingos; Fernando e Dieste; Soeiro, Rapinha, Pereira Lima, Zé Pereira e Miranda. Nessa foto estão também o guarda-redes suplente Lucas e o massagista Leandro Marques.


47 – O cronista desportivo do Jornal das Aves, à época, era o Sr. Luís Freitas, que fez a sua despedida com a crónica do título: ”cessa aqui o meu compromisso… Faço-o, simplesmente, por ter reconhecido a minha incompetência para desempenhar o lugar de acordo com o valor do Jornal”. Foi humildade a mais, sr. Freitas! Pelo prazer que nos deu a leitura dos seus textos, o nosso obrigado!

 
48 - As imagens valem mais do que as palavras e por isso limitamos o texto para dar lugar às fotografias. Mas, relendo no Jornal das Aves a crónica “Pró-Vila das Aves” que o Padre Joaquim da Barca, nos seus oitenta e tal anos, ainda ditava, lá estão os parabéns ao presidente Serafim Rodrigues e à direcção, aos atletas, sócios e simpatizantes e a recordação: “que pena não serem vivos o sr. Bernardino Gomes, o José Castro Pedras, o Barros Lima e outros para verem a figura que fez o seu idolatrado Club”.







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