Maria N'Goi de Cidálio Ferreira
Impresso na Tipografia das Aves
- Liberto & Filho - Artes Gráficas, Lda.
Vila das Aves, Junho 2005
"Na verdade eu voava para o desconhecido mas também, por isso mesmo, ia cheio de curiosidade e entusiasmo. Em Portugal, mesmo nas escolas, mal se ouvia falar de Cabinda.
Em Luanda deram-me informações mais concretas mas do tipo "se-fosse-a-si-não-ia", o clima é mau, a guerra mais difícil porque aquilo está encravado nos Congos, nem há hospital em condições, não há nada! Um inferno sabe?"
Este é um livro de memórias de Cidálio Ferreira, avense ilustre, colaborador da imprensa local durante vários anos e viajante, por razões profissionais, pelos quatro cantos do mundo. Neste caso são memórias da sua passagem por Cabinda. O livro é dedicado "ao querido amigo João Carlos Romão Fernandes".
"Escrever sobre Cabinda, agora, é chorar uma lágrima de saudade em cada palavra. Falar de Cabinda não cabe num livro. Seria preciso escrever uma outra Bíblia. Cabinda é Cabinda! Todo um arco-íris de sentimento, de alegria, de realidade, de cor, de força! Nas florestas, no céu, no mar e nos lagos, no infinito ... Cabinda e seus mistérios. Seus usos e costumes, seus batuques e seu feitiço. Festas na rua e no terreiro. Liberdade sde espírito. Cabinda não tem igual! Porque Cabinda tem petróleo, ouro, diamantes, fosfatos, urânio, café e cacau, madeiras raras, abacaxi e maracujá, florestas enormes. Porque acima de todas as coisas Cabinda tem juventude pulsando nas veias"
(do Prefácio)
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