42 – O
“Jornal das Aves” de 4 de Maio de 1963 comenta o empate a zero com o Rio Ave da
seguinte forma: “Terá o nosso grupo perdido ou ganho um ponto em Vila do Conde?
Não sabemos… Mas empatou um jogo eu podia ter ganho, não fosse a ineficácia dos
nossos avançados. E ainda se foi buscar o Rapinha, que foi, aliás, o nosso
melhor avançado, como se fosse o elixir para os nossos males. (…) Enfim,
perdeu-se o último ponto que se podia perder em relação ao Ermesinde.”
43 – O
campeonato aproxima-se rapidamente do fim, o Clube segue em primeiro lugar e
vai contando as semanas que faltam para a festa final. O resultado Aves 4-
Marco 0 é sinal de um alto nível exibicional, mas é preciso ler os jornais para
ficar a saber que o resultado podia ter sido bem mais expressivo, já que “a
bola esbarrou na trave pelo menos umas seis vezes, e já sem possibilidades de
qualquer defesa”…
Nos relatos
deste jogo é destacada a exibição do guarda-redes Soares dos Reis, que “se deu
ao luxo de defender magistralmente um penalti” e são referidos dois jogadores
como “regressados”: Pereira Lima e Pilú, aquele como avançado e este último
como defesa e em boa forma. Como já no jogo anterior se referia que “se foi
buscar o Rapinha”, fica-nos a dúvida: por onde andavam estes jogadores, que
aparecem assim de repente´, no final da época, a titulares? Porque não
apareceram mais cedo?
44 – Senhora
da Hora 4-Aves 1!. “Não temos grupo para subir de divisão”! “Os nossos
jogadores não têm brio nem vontade própria”! “O que era preciso era alguns dos
nossos atletas lembrarem-se no sábado à noite de que no domingo têm de fazer um
jogo que é preciso ganhar”. “O Ramaldense é a última saída e se perdermos este
jogo não voltaremos, por certo, ao primeiro lugar”… “É um jogo de vida ou de
morte para as nossas aspirações”.