Há que esperar, para ver...
Tombo que se vai fazendo das coisas e dos factos do presente e do passado de Vila das Aves
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
A paróquia, a República em 1910 e os párocos da época.
Foto daqui |
Mas, como também já referimos aqui , não foi "o único Padre avense que heroicamente viveu dificílimas missões eclesiais e paroquiais antes durante e depois da implantação da República Portuguesa" como é aventado aqui . O Padre da Barca e Padre Augusto Coelho, da Capela de Luvazim, viveram as mesmas contrariedades e não terá sido por notória intervenção anti-regime mas mercê das circunstâncias criadas pelo episódio monárquico, pouco significativo mas explorado à exaustão, de Santo Tirso.
À data da implantação da República era Abade de S. Miguel das Aves Adriano Filipe Moreira da Silva que foi suspenso "do ofício e do benefício" e "se recusou a entregar as chaves da Igreja" ( ver Padre da Barca, pág. 172), (por ter aceite as leis da República relativas às pensões dos párocos e outras?). A Igreja esteve fechada cerca de dois anos e a paróquia anexada à de Bairro. Só na Páscoa de 1914 o pároco "encomendado" pode celebrar a primeira missa na Igreja paroquial, depois de o Dr.Maia Leitão, administrador do concelho, ter convencido o Abade Adriano Filipe a entregar as chaves...
O Padre Álvaro Guimarães, nascido em 1874, foi "cura" na paróquia em 1903, coadjutor em 1912 (sendo pároco "encomendado" o Padre Joaquim de Sousa Pereira, até 1920. A seguir, foi pároco o Padre António José da Silva Gonçalves, que teve como coadjutor o Padre da Barca (1921) e o Padre Cândido Lima das Eiras (1922). As responsabilidades paroquiais do Padre Álvaro Guimarães são muito depois da implantação da República: só em 1924 é "encarregado" e depois "encomendado". E manteve-se em funções até 1945, tendo tido, como coadjutor, a partir de 1943, o Padre José Ferreira...
Em 1945, o Padre Álvaro Guimarães tinha 71 anos. Tinha feito um trabalho pastoral de muita valia e foi, ele próprio um benemérito: de acordo com o Padre da Barca, tinha pago do seu bolso o deficit das contas das obras que realizou na Igreja (cerca de 20% do custo total de cerca de 400 contos, um dinheirão em 1930).
Foi substituído, enquanto pároco, dois anos antes de falecer, pelo seu coadjutor, Padre José Ferreira, à data com 40 anos e que havia sido pároco, anteriormente, em Calendário (Famalicão).
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (9)
A intervenção do ministro da Justiça da época, Adriano Machado, foi outra vez decisiva na discussão sobre a transferência de S. Miguel das Aves para a comarca de Santo Tirso, conforme se pode verificar pelo relato seguinte:
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (8A)
A facilidade das comunicações com Santo Tirso, relativamente a Famalicão, nomeadamente pela utilização da estrada de Guimarães (construída, com o perfil actual e com a "ponte nova" sobre o Rio Vizela, cerca de 1850) foi um dos argumentos para a mudança. Com a inauguração, em 31 de Dezembro de 1883, do caminho de ferro de Guimarães, esse argumento começou a aparecer com grande importância, como se pode verificar na discussão na sessão da "Câmara dos Dignos Pares do Reino" realizada em 3 de Agosto de 1887,
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Cine-Aves: do cine-teatro que foi ao que se não esperava que fosse...
Construído no início da década de 50, do século XX, o Cine-Aves era uma sala de espectáculos que nada ficava a dever às salas de espectáculos da maioria das cidades do país.
Com alguns sobressaltos, foi resistindo às mudanças na indústria do espectáculo que tornam difícil e incerta a manutenção de edifícios deste porte...
O Cine-Aves, que futuro terá?
Quando, de um dia para o outro, sem discussão prévia, sem parecer da autarquia, sem plano estratégico, sem aviso, se descobre que a respectiva função foi alterada, que pensar do futuro? À beira do abismo, deu o passo em frente?
Teatro Club?
Bares...
Com alguns sobressaltos, foi resistindo às mudanças na indústria do espectáculo que tornam difícil e incerta a manutenção de edifícios deste porte...
O Cine-Aves, que futuro terá?
Quando, de um dia para o outro, sem discussão prévia, sem parecer da autarquia, sem plano estratégico, sem aviso, se descobre que a respectiva função foi alterada, que pensar do futuro? À beira do abismo, deu o passo em frente?
Teatro Club?
Bares...
domingo, 12 de dezembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (8)
A acta da sessão de 23 de Julho de 1887 dá conta da retoma da iniciativa de transferir S. Miguel das Aves para a comarca de Santo Tirso.
domingo, 5 de dezembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (7)
A integração da freguesia de S. Miguel das Aves no concelho de Santo Tirso ocorreu em 1879, como já foi referido. Mas, do ponto de vista da organização judicial, continuamos ligados à comarca de Vila Nova de Famalicão. E, por isso, novas diligências foram encetadas para uma mudança de comarca...
A primeira iniciativa parece ter sido logo em 1880, conforme acta da Câmara de Deputados de 13 de Fevereiro de 1880.
A primeira iniciativa parece ter sido logo em 1880, conforme acta da Câmara de Deputados de 13 de Fevereiro de 1880.
sábado, 4 de dezembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (6)
... mas não foi só Guimarães que esteve na mira. O concelho de Negrelos era, na época, o "herdeiro" do antiquíssimo concelho de Refojos de Riba d'Ave e começava a perder terreno para Santo Tirso.
Como já, provavelmente, sentia que podia tornar-se inviável sem a integração de novas freguesias, visto terem-lhe sido subtraídas outras para Santo Tirso, Negrelos pretendeu a anexação de S. Miguel das Aves (desta vez com "parcerias" de Bairro e Delães)...Para isso, uma conveniente petição de moradores, parecendo, pelo teor do discurso, ir ao encontro de solicitação anterior da câmara de Negrelos.Atente-se na data, 9 de Maio de 1854, 3 dias depois da pretensão de passagem para Guimarães....
Como já, provavelmente, sentia que podia tornar-se inviável sem a integração de novas freguesias, visto terem-lhe sido subtraídas outras para Santo Tirso, Negrelos pretendeu a anexação de S. Miguel das Aves (desta vez com "parcerias" de Bairro e Delães)...Para isso, uma conveniente petição de moradores, parecendo, pelo teor do discurso, ir ao encontro de solicitação anterior da câmara de Negrelos.Atente-se na data, 9 de Maio de 1854, 3 dias depois da pretensão de passagem para Guimarães....
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Monsenhor José Ferreira
Jubilação
Em 04 de Agosto de 1957 celebrou este pároco da freguesia de S. Miguel das Aves o 25º Aniversário da sua ordenação sacerdotal.
Como se sabe, este sacerdote esteve ligado ao nascimento de algumas instituições e à realização de obras importantes: o "Ciclo Preparatório, o "Lar da Tranquilidade, as obras no "Patronato" e a construção do "Estádio do C. D. das Aves", por exemplo.
Apesar disso, não deixou de estar também ligado a algumas polémicas, bem próprias desta terra.
Na altura desta celebração foi elaborado um desdobrável (foto) que pode ser visto em ponto maior se lhe fizer em cima, clic.
Como se sabe, este sacerdote esteve ligado ao nascimento de algumas instituições e à realização de obras importantes: o "Ciclo Preparatório, o "Lar da Tranquilidade, as obras no "Patronato" e a construção do "Estádio do C. D. das Aves", por exemplo.
Apesar disso, não deixou de estar também ligado a algumas polémicas, bem próprias desta terra.
Na altura desta celebração foi elaborado um desdobrável (foto) que pode ser visto em ponto maior se lhe fizer em cima, clic.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (5)
A mudança de concelho, efectivada em 1879, já havia sido tentada antes, por diversas vezes... Primeiro para o concelho de Guimarães, como pode comprovar-se, pela acta de 6 de Maio de 1854 ( 25 anos antes!)... Desta vez, emparceirando com Riba d'Ave, como pode ler-se:
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (4)
A integração de S. Miguel das Aves no concelho de Santo Tirso foi precedida de outras diligências para integração noutros concelhos. A mais antiga que aparece nas actas das sessões da Câmara dos deputados remonta a 17 de Maio de 1823 e refere-se ao projecto de divisão territorial, solicitando integração em Guimarães em vez de Famalicão, uma vez desanexadas de Barcelos. Parceiras nesta petição as freguesias de Entre Ambos os Aves: Guardizela, Serzedelo. Riba d'Ave, Lordelo. Sobrado aparece ainda como independente. Lordelo, Guardizela e Serzedelo terão conseguido, nesta altura, migrar para Guimarães...
terça-feira, 23 de novembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (3)
O projecto de lei de passagem da freguesia de S. Miguel das Aves de Famalicão para Santo Tirso já havia sido anteriormente aprovado na Câmara dos Deputados, conforme diário da sessão de 19 de Maio de 1879:
domingo, 21 de novembro de 2010
Gente de cá...
No site da Presidência da República, em entrada com data de 16 de Nov. 2010, lemos: " O Presidente da República condecorou, em cerimónia realizada no Palácio de Belém, dois empresários que se distinguiram no desempenho das suas actividades industriais, com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial - Classe do Mérito Industrial."
Um desses empresários condecorados, é "Joaquim Ferreira de Abreu, de Vila das Aves, Santo Tirso, fundou e preside a empresas de sectores como fibrocimentos, isolamentos, imobiliário, desporto e lazer, investimentos e gestão."
sábado, 20 de novembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso (2)
A Assembleia da República colocou "on-line" os debates parlamentares desde o século XIX... Foi possível, a partir das actas, verificar a importância que teve o ministro da Justiça da época, Adriano Machado, no processo decisório sobre a transferência de S. Miguel das Aves de Famalicão para Santo Tirso. Assim, na Acta da sessão de 16 de Junho de 1879 da Câmara dos Pares, disponível aqui , pode ler-se:
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
S. Miguel das Aves, de Famalicão a Santo Tirso
Foto daqui |
S. Miguel das Aves passou do concelho de Vila Nova de Famalicão para o de Santo Tirso por decreto de 23 de Junho de 1879, diz na "monografia" o Padre da Barca, que acrescenta "o quanto o concelho de Santo Tirso lucrou com a sua anexação e quanto não perdeu o concelho de Famalicão com a sua transferência para ele. A transferência das Aves de Famalicão para Santo Tirso foi o acto político de maior relevo e importância dos 118 anos do concelho de Santo Tirso."
S. Miguel das Aves foi de Famalicão pouco tempo, pois que este concelho foi criado apenas em 1835, agregando à sua volta freguesias que eram do concelho de Barcelos.
O concelho de Santo Tirso foi criado em 1834, tal como o de S. Tomé de Negrelos e foi a ligação anterior a Barcelos que nos manteve, inicialmente, no concelho de Famalicão, quando a proximidade de Negrelos e de Santo Tirso podia fazer pensar noutras soluções.
Como é que se processou a transferência, que, ao que diz o Padre da Barca, foi desejada pela maioria da população e apadrinhada por Adriano Machado, ministro da Justiça, professor e reitor da Universidade de Coimbra e contra a vontade de Famalicão, que se opôs, como seria de esperar, a tal transferência?
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Árvore ... de Natal?
Junto à rotunda de S. Miguel, um magnífico exemplar de azevinho, colocado como quem coloca uma árvore de Natal... Oxalá se aguente...
( Serve também para lembrar que no jardim da Tojela, há anos que um rainzeiro aguarda pacificamente a sua substituição por uma árvore viva e completa... Até que podia ser uma como esta...)
domingo, 14 de novembro de 2010
Anoitecer - Poesias
de Fernandes Valente Sobrinho,
(José Mendes Fernandes da Silva)
Á tua memória Edialeda
Edição de 1987
Composto e Imp. nas Oficinas Graficas
do Centro Juv. de S. José - Guimarães
110 Páginas
MENINA
(Ao povo da Vila das Aves)
Vila das Aves, menina,
Que a minha esp'rança embalou,
Menina que foi sonhando
Sem saber o que sonhou;
Menina que despertou
Inda mal alvorecia;
Menina que caminhou
Por onde escolhos havia...
Menina que ajoelhou
Junto à cruz do seu altar;
Menina que só rezou
O que devia rezar...
Menina que se cansou
Sem dar provas de cansar;
Menina que só cantou
Depois da terra lavrar...
Menina que se abraçou
E se deixou abraçar;
Menina que se entregou
Aos braços do seu tear...
Menina que foi crescendo
Até grande se tornar;
Menina que a si se deu
Só para aos outros se dar...
Menina que se prendeu
Sem saber que se prendia;
Menina que à vida deu
Tudo o quanto lhe devia!...
(José Mendes Fernandes da Silva)
Á tua memória Edialeda
Edição de 1987
Composto e Imp. nas Oficinas Graficas
do Centro Juv. de S. José - Guimarães
110 Páginas
MENINA
(Ao povo da Vila das Aves)
Vila das Aves, menina,
Que a minha esp'rança embalou,
Menina que foi sonhando
Sem saber o que sonhou;
Menina que despertou
Inda mal alvorecia;
Menina que caminhou
Por onde escolhos havia...
Menina que ajoelhou
Junto à cruz do seu altar;
Menina que só rezou
O que devia rezar...
Menina que se cansou
Sem dar provas de cansar;
Menina que só cantou
Depois da terra lavrar...
Menina que se abraçou
E se deixou abraçar;
Menina que se entregou
Aos braços do seu tear...
Menina que foi crescendo
Até grande se tornar;
Menina que a si se deu
Só para aos outros se dar...
Menina que se prendeu
Sem saber que se prendia;
Menina que à vida deu
Tudo o quanto lhe devia!...
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Bibliografia avense,
Fernandes Valente Sobrinho
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
O rio Vizela e suas margens (2)
Rio Vizela, Lordelo, em Illustração Portuguesa, Abril de 1909.
A legenda engana: será mais apropriado dizer "em frente a Lordelo", pois as construções são da margem esquerda. A ponte ao fundo é a de Macabio?
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
O Ave e as suas margens (3)
domingo, 24 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República...
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
O Ave e suas margens (2)
Uma outra imagem da revista "Illustração Portuguesa" de Abril de 1909: a ponte do caminho de ferro e a junção do Ave e do seu afluente Vizela.
Aqui, a ponte centenária que se espera venha a ser mantida para serviço pedonal ( ver aqui o que se dizia há tempos) não permite equívoco: sabemos onde foi feita a foto.
Relativamente à foto do postal anterior, não me parece que possa referir-se ao Amieiro Galego. O Amieiro Galego deverá ter tido uma queda de água mais imponente que a retratada. Talvez possa ser onde está a Fábrica de Bairro, junto da Pinguela de Romão...
Aqui, a ponte centenária que se espera venha a ser mantida para serviço pedonal ( ver aqui o que se dizia há tempos) não permite equívoco: sabemos onde foi feita a foto.
Relativamente à foto do postal anterior, não me parece que possa referir-se ao Amieiro Galego. O Amieiro Galego deverá ter tido uma queda de água mais imponente que a retratada. Talvez possa ser onde está a Fábrica de Bairro, junto da Pinguela de Romão...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O Ave e suas margens....
A revista "Illustração Portugueza" de 5 de Abril de 1909 ( que o nosso conterrâneo J. Moreira encontrou e teve a gentileza de me remeter) tem uma reportagem sobre o rio Ave, com algumas fotografias muito interessantes. O texto é difícil e cheio de floreados e referências clássicas a que já não estamos habituados.
Mas, lido à distância de mais de cem anos, quando continuamos a sentir a sua poluição ( ver http://www.facebook.com/home.php?#!/photo.php?fbid=166362056722818&set=a.151298804895810.27661.100000470751910 , ) , acerta em cheio quando diz " Em Portugal não há, ainda, aquela qualidade que na cultura de muitos povos representa o amor, o culto da paisagem".
Cem anos depois, a afirmação é ainda mais verdadeira: nunca a paisagem natural foi tão maltratada como agora.
A paisagem do rio Ave mudou drasticamente com a construção, a partir precisamente de 1909, das mini-hídricas que mudaram o panorama económico do Vale do Ave e do Norte de Portugal. Por isso, pode não ser fácil identificar o lugar, "entre Caniços e Riba d'Ave" onde foi feita a fotografia. Mas pode-se tentar...
Aceitam-se palpites...
Mas, lido à distância de mais de cem anos, quando continuamos a sentir a sua poluição ( ver http://www.facebook.com/home.php?#!/photo.php?fbid=166362056722818&set=a.151298804895810.27661.100000470751910 , ) , acerta em cheio quando diz " Em Portugal não há, ainda, aquela qualidade que na cultura de muitos povos representa o amor, o culto da paisagem".
Cem anos depois, a afirmação é ainda mais verdadeira: nunca a paisagem natural foi tão maltratada como agora.
A paisagem do rio Ave mudou drasticamente com a construção, a partir precisamente de 1909, das mini-hídricas que mudaram o panorama económico do Vale do Ave e do Norte de Portugal. Por isso, pode não ser fácil identificar o lugar, "entre Caniços e Riba d'Ave" onde foi feita a fotografia. Mas pode-se tentar...
Aceitam-se palpites...
sábado, 9 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República...
O Padre Joaquim da Barca refere ainda, em nota de rodapé na página 106 da Monografia que "o julgamento realizou-se no dia 5 de Julho de 1912 (...). O farmacêutico Bernardino G. Ferreira, acusado de ter tocado o sino, com outros, para o levantamento do povo, esse, depois de muitas e arriscadas aventuras, conseguiu fugir para a Espanha e foi um dos homens do Paiva Couceiro, na invasão de Trás-os-Montes, em 1912.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República...
Retomando o Padre da Barca, na Monografia, podemos ficar a conhecer a acusação: " Eram acusados de espalhar manifestos monárquicos - espalharam-se muitos, mas nunca se soube quem mandou nem quem os espalhou; de tocar o sino a rebate - tocou e tocou bem, mas também nunca se soube quem mandou nem quem o fez badalar; de irem a Santo Tirso, com o povo, numa grande manifestação monárquica - isso foi verdade, mas completamente desarmados e por cuidarem que, de facto, estava restaurado o regimen monárquico e por terem sabido que a bandeira azul e branca tremulava na Câmara e no Tribunal."
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República...
O jornal "Ecos de Negrelos" tem vindo a publicar, nas suas edições mais recentes, o folhetim que o Padre Álvaro Guimarães escreveu em 1921 para o "Ecos de Negrelos" de então, um semanário que se publicava em ... S. Miguel das Aves. Descrevia ele, nesse folhetim, as agruras por que passaram os presos políticos tidos como autores do movimento contra-revolucionário conhecido por Monarquia de Santo Tirso ( Setembro de 1911).
Conta ele, dos dias passados na cadeia: " Durante o dia, tinhamos uma distracção, era quando, ouvido o sinal de aproximação de alguma força militar, vinhamos ao fundo da escada receber num abraço um novo companheiro de desgraça!".(...) Nesta prisão foi-me insinuado fazer uma declaração da fé republicana e declarar-me disposto a aceitar a pensão, afim de ser posto em liberdade. Não posso deixar de referir-me neste lugar ao nosso bom companheiro C. Mallen, que passava todo o tempo numa inquietação extraordinária, e toda a noite tomando chávenas de chá. Uma noite em que se disparara a arma da sentinela, esse bom amigo, numa aflição impossível de descrever, bate-nos à porta e, arquejante, só tem força para dizer: "ouviram? É um tiro". Imaginava ele que qualquer dia seríamos fusilados.
Chegou o 5 de Outubro, dia de festa para um regimen cujos adeptos outrora apregoavam essas sedutoras palavras :- liberdade, igualdade, fraternidade. Às 8 horas da manhã, na cadeia de Santo Tirso, entrou um oficial do exército e intima a estarem prontos, dentro de uma hora, a fim de seguirem para o Porto, os seguintes presos (...) . Da estação de S. Bento, no Porto, até ao Aljube, fomos constantemente apodados de garotos, asassinos, traidores, vendidos, etc, etc... e arremessavam-nos às faces imundícies levantadas das ruas.
Conta ele, dos dias passados na cadeia: " Durante o dia, tinhamos uma distracção, era quando, ouvido o sinal de aproximação de alguma força militar, vinhamos ao fundo da escada receber num abraço um novo companheiro de desgraça!".(...) Nesta prisão foi-me insinuado fazer uma declaração da fé republicana e declarar-me disposto a aceitar a pensão, afim de ser posto em liberdade. Não posso deixar de referir-me neste lugar ao nosso bom companheiro C. Mallen, que passava todo o tempo numa inquietação extraordinária, e toda a noite tomando chávenas de chá. Uma noite em que se disparara a arma da sentinela, esse bom amigo, numa aflição impossível de descrever, bate-nos à porta e, arquejante, só tem força para dizer: "ouviram? É um tiro". Imaginava ele que qualquer dia seríamos fusilados.
Chegou o 5 de Outubro, dia de festa para um regimen cujos adeptos outrora apregoavam essas sedutoras palavras :- liberdade, igualdade, fraternidade. Às 8 horas da manhã, na cadeia de Santo Tirso, entrou um oficial do exército e intima a estarem prontos, dentro de uma hora, a fim de seguirem para o Porto, os seguintes presos (...) . Da estação de S. Bento, no Porto, até ao Aljube, fomos constantemente apodados de garotos, asassinos, traidores, vendidos, etc, etc... e arremessavam-nos às faces imundícies levantadas das ruas.
Há 100 anos, a República...
Retomo o texto do Padre da Barca ( S. Miguel das Aves, Monografia, 1953):
"Ainda são muitos os nossos lares onde há os retratos dos últimos reis e a coroa da realeza. Também abalou muito a nossa gente a prisão, pelos carbonários, de alguns avenses, como implicados no movimento revolucionário de 29 de Setembro de 1911 - Monarquia de Santo Tirso. Eis os nomes dos presos, alguns dos quais andaram pela cadeia de Santo Tirso, Forte de Caxias, Forte do Alto do Duque, Trafaria, Limoeiro e Relação do Porto e depois absolvidos em julgamento, no Tribunal de S. João Novo: Padre Álvaro Guimarães - coadjutor da freguesia, Padre Joaquim Carlos de Lemos, Miguel de Jesus Pinheiro e Melo, Padre Augusto José Coelho, Constantino Malen, José Gomes e Joaquim Pedrosa".
Na foto: operários da Fábrica do Rio Vizela, cerca de 1900(?).
"Ainda são muitos os nossos lares onde há os retratos dos últimos reis e a coroa da realeza. Também abalou muito a nossa gente a prisão, pelos carbonários, de alguns avenses, como implicados no movimento revolucionário de 29 de Setembro de 1911 - Monarquia de Santo Tirso. Eis os nomes dos presos, alguns dos quais andaram pela cadeia de Santo Tirso, Forte de Caxias, Forte do Alto do Duque, Trafaria, Limoeiro e Relação do Porto e depois absolvidos em julgamento, no Tribunal de S. João Novo: Padre Álvaro Guimarães - coadjutor da freguesia, Padre Joaquim Carlos de Lemos, Miguel de Jesus Pinheiro e Melo, Padre Augusto José Coelho, Constantino Malen, José Gomes e Joaquim Pedrosa".
Na foto: operários da Fábrica do Rio Vizela, cerca de 1900(?).
domingo, 3 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República.
O Padre Joaquim da Barca, no seu livro "S. Miguel das Aves, monografia", (1953), refere-se assim à proclamação da República, falando da nossa terra:
"E que doloroso desgosto não foi para ela o baquear da monarquia em 5 de Outubro de 1910. Porque sabia que foi um rei, que lhe foi vizinho, que fez Portugal a golpes de audácia e a golpes de espada, e porque sabia que as mais brilhantes páginas de história pátria tinham sido escritas à sombra do ceptro, a nossa gente pensou que a Nação morreria com a morte da monarquia."
"E que doloroso desgosto não foi para ela o baquear da monarquia em 5 de Outubro de 1910. Porque sabia que foi um rei, que lhe foi vizinho, que fez Portugal a golpes de audácia e a golpes de espada, e porque sabia que as mais brilhantes páginas de história pátria tinham sido escritas à sombra do ceptro, a nossa gente pensou que a Nação morreria com a morte da monarquia."
sábado, 2 de outubro de 2010
Há 100 anos, a República...
Comemoram-se 100 anos de República. A visão que nos apresentam as comemorações oficiais é uma visão "branqueada" que transforma um período histórico de violência e conflito numa revolução limpa e sem mácula... Salazar terá dito anos mais tarde que "simultânea ou sucessivamente, meio Portugal acabou por ir parar às democráticas cadeias da República, a maioria das vezes sem saber porquê" ( ver Vasco Pulido Valente em prefácio de"O Poder e o Povo").
Aquilo que interessa, do ponto de vista de um blogue com pretensões de registar a história local, é saber como foi o período da implantação da República nas terras de Entre Ambos os Aves.
Já referimos aqui a recepção na Fábrica do Rio Vizela ao jovem monarca D.Manuel II, em 1908...
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Não teria sido...
domingo, 19 de setembro de 2010
António Martins Ribeiro (1)
Nasceu há 130 anos (19 Set 1880) o grande benemérito da Vila das Aves, que faleceu em 1966.
No seu testamento, nomeava a Comissão da Fábrica da Igreja da sua freguesia, "que deverá com os respectivos bens fazer todas as obras necessárias na Igreja Paroquial, destinando tudo o mais a beneficiência, inclusive a criação de um asilo para velhos ou inválidos ou o que mais convenha à freguesia".
O "Lar Familiar da Tranquilidade" e o seu "Centro de Apoio António Martins Ribeiro" são o resultado mais expressivo do legado do benemérito, que nesta data foi relembrado de forma singela pela direcção e pelos utentes da instituição. Uma cerimónia muito simples assinalou a inauguração da placa toponímica do Largo António Martins Ribeiro, no lugar da Carreira.
No seu testamento, nomeava a Comissão da Fábrica da Igreja da sua freguesia, "que deverá com os respectivos bens fazer todas as obras necessárias na Igreja Paroquial, destinando tudo o mais a beneficiência, inclusive a criação de um asilo para velhos ou inválidos ou o que mais convenha à freguesia".
O "Lar Familiar da Tranquilidade" e o seu "Centro de Apoio António Martins Ribeiro" são o resultado mais expressivo do legado do benemérito, que nesta data foi relembrado de forma singela pela direcção e pelos utentes da instituição. Uma cerimónia muito simples assinalou a inauguração da placa toponímica do Largo António Martins Ribeiro, no lugar da Carreira.
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Lar da Tranquilidade
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Manoel da Silva Mendes (2)
A data de nascimento referida no blogue Macau Antigo não está correcta. O escritor nosso conterrâneo nasceu em 1867, como regista o Padre da Barca na sua monografia, e não em 1876. Mas também está errada a monografia, pois regista 30 de Novembro como data de nascimento, naquele ano de 1867...
Os livros de registo de baptismo da paróquia de S. Miguel das Aves estão disponíveis no site do Arquivo Distrital do Porto e uma pesquisa nesses livros permitiu-nos esclarecer de forma definitiva que Manoel da Silva Mendes nasceu a vinte e três de Outubro de 1867. "Aos vinte e cinco dias do mês de Outubro do ano de mil oitocentos e sessenta e sete, nesta Igreja paroquial de S. Miguel das Aves, concelho de Vila Nova de Famalicão e diocese de Braga, baptizei solenemente com imposição dos santos óleos, um indivíduo do sexo masculino a quem dei o nome de Manoel e que nasceu nesta freguesia às quatro horas da tarde do dia vinte e três do dito mês e ano, filho legítimo primeiro deste nome de José da Silva Mendes, tamanqueiro, e de Rosa da Silva Pinheiro, ele natural da freguesia de Romão anexa a esta de S. Miguel das Aves, ela da freguesia de Delães".
Os livros de registo de baptismo da paróquia de S. Miguel das Aves estão disponíveis no site do Arquivo Distrital do Porto e uma pesquisa nesses livros permitiu-nos esclarecer de forma definitiva que Manoel da Silva Mendes nasceu a vinte e três de Outubro de 1867. "Aos vinte e cinco dias do mês de Outubro do ano de mil oitocentos e sessenta e sete, nesta Igreja paroquial de S. Miguel das Aves, concelho de Vila Nova de Famalicão e diocese de Braga, baptizei solenemente com imposição dos santos óleos, um indivíduo do sexo masculino a quem dei o nome de Manoel e que nasceu nesta freguesia às quatro horas da tarde do dia vinte e três do dito mês e ano, filho legítimo primeiro deste nome de José da Silva Mendes, tamanqueiro, e de Rosa da Silva Pinheiro, ele natural da freguesia de Romão anexa a esta de S. Miguel das Aves, ela da freguesia de Delães".
Manoel da Silva Mendes (1)
O blogue "Macau Antigo", ( ao lado: printscreen do blogue) em entrada de 22 de Abril de 2009, apresenta Manoel da Silva Mendes como um dos intelectuais mais representativos da história de Macau no primeiro quartel do século XX.
Foi professor e reitor do Liceu de Macau, advogado e juiz, presidente do Leal Senado, escritor e coleccionador de arte chinesa
Manoel da Silva Mendes nasceu em S. Miguel das Aves quando esta freguesia ainda era parte do Concelho de Vila Nova de Famalicão e é tido, por isso, como "escritor famalicense".
Manoel da Silva Mendes era um dos seis filhos do casal José da Silva Mendes e Rosa da Silva Pinheiro e "era humilde o lar destes dois avenses, instalado numa velha casa junto da Igreja paroquial da antiga freguesia de S. Lourenço de Romão. Mas, apesar de humilde, fez dos seis filhos varões que Deus lhe dera, homens de real valor: dois sacerdotes, dois advogados, um médico e um farmacêutico. (...). Todos seis foram discípulos, nas primeiras letras, do José Maria de Almeida Garrett, na sua escola gratuita da Carreira( S. Miguel das Aves - Monografia, Padre Joaquim da Barca, 1953).
Foi professor e reitor do Liceu de Macau, advogado e juiz, presidente do Leal Senado, escritor e coleccionador de arte chinesa
Manoel da Silva Mendes nasceu em S. Miguel das Aves quando esta freguesia ainda era parte do Concelho de Vila Nova de Famalicão e é tido, por isso, como "escritor famalicense".
Manoel da Silva Mendes era um dos seis filhos do casal José da Silva Mendes e Rosa da Silva Pinheiro e "era humilde o lar destes dois avenses, instalado numa velha casa junto da Igreja paroquial da antiga freguesia de S. Lourenço de Romão. Mas, apesar de humilde, fez dos seis filhos varões que Deus lhe dera, homens de real valor: dois sacerdotes, dois advogados, um médico e um farmacêutico. (...). Todos seis foram discípulos, nas primeiras letras, do José Maria de Almeida Garrett, na sua escola gratuita da Carreira( S. Miguel das Aves - Monografia, Padre Joaquim da Barca, 1953).
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Estatutos do Club Desportivo das Aves - 1939 (5)
CAPÍTULO VI
Direitos e regalias dos sócios
(continuação)
(...)
g) Será considerado como sócio de 1ª Classe o sócio Atleta que tenha feito parte do grupo d'Honra por tempo superior a cinco épocas consecutivas;
h) Será classificado como sócio de 2ª Classe o sócio Atleta que tenha feito parte, alternadamente, dos grupos d'Honra e Reserva por tempo superior a cinco épocas consecutivas;
i) Será classificado como sócio de 3ª classe o sócio Atleta que tenha feito parte do grupo Reserva por tempo superior a cinco épocas consecutivas;
j) Quando qualquer Atleta se lesionar e ficar impossibilitado, permanentemente, de praticar desporto - o que terá de ser justificado pelo médico do Club - ficará a gozar das regalias concedidas aos sócios de 1ª Classe, mesmo que não tenha completado as cinco épocas;
k) Os sócios Atletas que beneficiem destas regalias ficam também isentos do pagamento de cota;
l) Só poderão gozar das regalias concedidas pelas alíneas g, h, e i os sócios Atletas que tenham tido bom comportamento;
m) Nenhum sócio Atleta poderá abandonar a prática desportiva, excepto por motivos de saúde, o que terá de ser justificado pelo médico do Club ou motivo de força maior justificada pelo sócio Atleta perante a Direcção, enquanto o Club precisar do seu concurso; sob pena de perder o direito às regalias concedidas, mesmo que tenha jogado mais de cinco épocas;
n) Estas regalias só dizem respeito aos sócios Atletas, praticantes de futebol.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Estatutos do Club Desportivo das Aves - 1939 (4)
CAP. VI
Direitos e regalias dos sócios
Art.9º - Os sócios adquirem os seguintes direitos e regalias, após a sua admissão, enquanto tiverem em dia o pagamento das suas cotas e enquanto esses direitos e regalias lhe não forem retirados por resolução da Assembleia Geral ou da Direcção.
a) Praticar qualquer desporto dentro das secções que o Club possua, sujeitando-se às prescrições e regulamentos que a elas se apliquem e acatando todas as ordens dimanadas da direcção ou seus representantes;
b) Tomar parte nos trabalhos das Assembleias Gerais, votar e ser eleito, desde que seja de maior idade e quando já date de mais de três meses a sua aprovação de sócio e tenha em dia o pagamento das suas cotas;
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Escritos...
terça-feira, 8 de junho de 2010
Estatutos do Club Desportivo das Aves-1939 (3)
CAPÍTULO IV
Classificação dos sócios e sua admissão
Art.5º -Haverá seis categorias de sócios:
Contribuintes: -Todo o indivíduo de qualquer sexo, nacional ou estrangeiro, de maior ou menor idade, que goze de boa reputação moral e civil e que concorra com a mensalidade respectiva.
Beneméritos: São aqueles que tenham feito donativos iguais ou superiores a 1.000$00.
Correspondentes: - São aqueles que, residindo fora de S.Miguel das Aves, tenham prestado serviços ao Club que justifiquem a sua nomeação para essa categoria.
Honorários: - São aqueles que sendo ou não sócios, se tornem credores deste título pelo serviço prestado ao Club ou ao desporto em geral.
Atletas: .- São aqueles que praticarem desporto, em qualquer modalidade, por este Club.
Trabalhadores: - São aqueles que, exercendo qualquer cargo ou trabalho não remunerado, sejam merecedores de tal título.
& único. Os sócios contribuintes, em conformidade com as cotas que pagarem, serão assim classificados:
1ª classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 7$50, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
2ª classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 5$00, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
3ª. classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 3$00, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
4ª. classe - Os sócios que pagarem uma cota mensal inferior a Esc. 3$00, tendo direito a entrada gratuita para a geral.
Classificação dos sócios e sua admissão
Art.5º -Haverá seis categorias de sócios:
Contribuintes: -Todo o indivíduo de qualquer sexo, nacional ou estrangeiro, de maior ou menor idade, que goze de boa reputação moral e civil e que concorra com a mensalidade respectiva.
Beneméritos: São aqueles que tenham feito donativos iguais ou superiores a 1.000$00.
Correspondentes: - São aqueles que, residindo fora de S.Miguel das Aves, tenham prestado serviços ao Club que justifiquem a sua nomeação para essa categoria.
Honorários: - São aqueles que sendo ou não sócios, se tornem credores deste título pelo serviço prestado ao Club ou ao desporto em geral.
Atletas: .- São aqueles que praticarem desporto, em qualquer modalidade, por este Club.
Trabalhadores: - São aqueles que, exercendo qualquer cargo ou trabalho não remunerado, sejam merecedores de tal título.
& único. Os sócios contribuintes, em conformidade com as cotas que pagarem, serão assim classificados:
1ª classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 7$50, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
2ª classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 5$00, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
3ª. classe - Os sócios que pagarem a cota mensal de Esc. 3$00, tendo direito a entrada gratuita para a bancada central.
4ª. classe - Os sócios que pagarem uma cota mensal inferior a Esc. 3$00, tendo direito a entrada gratuita para a geral.
domingo, 6 de junho de 2010
Estatutos do Clube Desportivo das Aves-1939 (2)
CAPÍTULO II
Estatutos
Art.3º Todos os actos da vida interna e externa do Club, os direitos e obrigações dos sócios, as funções e a missão dos dirigentes e os poderes destes ou ainda das comissões ou delegados do Club, só serão regulados pelo que vem disposto nos presentes estatutos, depois de aprovados em Assembleia Geral.
& único . Estes estatutos são susceptíveis de modificação, no todo ou em parte, por resolução da Assembleia Geral Extraordinária expressamente convocada para tratar dessa modificação.
CAPÍTULO III
Direcção
Art.4º - Clube Desportivo das Aves é uma colectividade com vida própria, que se sustentará pelos meios que vão designados pelos presentes estatutos, durante um espaço de tempo ilimitado, salvo no caso de dissolução, a qual só será possível quando a maioria dos sócios assim o resolvam em reunião da Assembleia Geral extraordinária, convocada expressa e exclusivamente para tratar dessa dissolução.
& único. Resolvida a dissolução e liquidados todos os débitos do Club, os haveres que se apurarem terão o destino que a Assembleia Geral entender.
Estatutos
Art.3º Todos os actos da vida interna e externa do Club, os direitos e obrigações dos sócios, as funções e a missão dos dirigentes e os poderes destes ou ainda das comissões ou delegados do Club, só serão regulados pelo que vem disposto nos presentes estatutos, depois de aprovados em Assembleia Geral.
& único . Estes estatutos são susceptíveis de modificação, no todo ou em parte, por resolução da Assembleia Geral Extraordinária expressamente convocada para tratar dessa modificação.
CAPÍTULO III
Direcção
Art.4º - Clube Desportivo das Aves é uma colectividade com vida própria, que se sustentará pelos meios que vão designados pelos presentes estatutos, durante um espaço de tempo ilimitado, salvo no caso de dissolução, a qual só será possível quando a maioria dos sócios assim o resolvam em reunião da Assembleia Geral extraordinária, convocada expressa e exclusivamente para tratar dessa dissolução.
& único. Resolvida a dissolução e liquidados todos os débitos do Club, os haveres que se apurarem terão o destino que a Assembleia Geral entender.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
A Fonte de Cense (2)
Esta fonte tem origem em nascente que hoje se encontra por baixo do tanque/lavadoiro que nos anos oitenta foi mandado construir pela autarquia, bem assim como procedeu a outras beneficiações. O "serviço" não parece ter tido o beneplácito de pelo menos alguns moradores da aldeia. Repare-se nestes versos...
"Em Cense há uma fonte
Não bebas lá, tem cautela;
Quem for de lá que vos conte
O que a Câmara fez por ela"
C de Cense
"Em Cense há uma fonte
Não bebas lá, tem cautela;
Quem for de lá que vos conte
O que a Câmara fez por ela"
C de Cense
É certo que a utilidade da água desta fonte diminuiu drasticamente, mas ainda é utilizada e sendo fonte pública, não se entende lá muito bem o dizer da placa lá colocada. Não sabe a demissão de responsabilidade?...
No local desta fonte, numa parede lateral existe esta outra inscrição:
Qual será o seu significado?
No local desta fonte, numa parede lateral existe esta outra inscrição:
Qual será o seu significado?
Estatutos do Clube Desportivo das Aves - 1939
ESTATUTOS PELOS QUAIS SE REGE O Club Desportivo das Aves
CAPÍTULO I
Denominação e fins do Club
Artigo 1º É criado na freguesia de S. Miguel das Aves, concelho de Santo Tirso, um Club desportivo com a denominação de Club Desportivo das Aves que se regerá pelos presentes estatutos.
Art. 2º São fins do Club:
a) Cuidar da educação física e moral dos seus associados;
b) Ministrar, por meio dos seus professores e treinadores, aos associados que deles queiram fazer uso, os conhecimentos técnicos e práticos que são exigidos pelos vários ramos de desporto a que se dedicar o Club;
c) Concorrer a todos os campeonatos desportivos, principalmente àqueles que forem promovidos pelas Associações em que estiver filiado, quando o Club possua equipas que condignamente o possam representar;
d) Criar bibliotecas instrutivas, salas de leitura e cursos de ginástica;
e) Proporcionar aos associados diversos recreios, tais como, música, conferências, bailes, jogos lícitos, excursões, os quais compete à direcção regular.
& único. As alíneas a) , b) c) d) e e) só serão exequíveis se as condições monetárias do Club assim permitirem. (...)
CAPÍTULO I
Denominação e fins do Club
Artigo 1º É criado na freguesia de S. Miguel das Aves, concelho de Santo Tirso, um Club desportivo com a denominação de Club Desportivo das Aves que se regerá pelos presentes estatutos.
Art. 2º São fins do Club:
a) Cuidar da educação física e moral dos seus associados;
b) Ministrar, por meio dos seus professores e treinadores, aos associados que deles queiram fazer uso, os conhecimentos técnicos e práticos que são exigidos pelos vários ramos de desporto a que se dedicar o Club;
c) Concorrer a todos os campeonatos desportivos, principalmente àqueles que forem promovidos pelas Associações em que estiver filiado, quando o Club possua equipas que condignamente o possam representar;
d) Criar bibliotecas instrutivas, salas de leitura e cursos de ginástica;
e) Proporcionar aos associados diversos recreios, tais como, música, conferências, bailes, jogos lícitos, excursões, os quais compete à direcção regular.
& único. As alíneas a) , b) c) d) e e) só serão exequíveis se as condições monetárias do Club assim permitirem. (...)
Será cá? Não será?
Publicado na Gazeta de Lisboa, 29 de Julho de 1816
Aviso
"Luis José da Rocha, Administrador da Botica do Hospital Real da Misericórdia da Cidade do Porto, obteve Provisão Régia para só ele vender Água férrea sulfurea do seu prédio de Entre ambos os rios; a qual se vende na mesma Botica em garrafas tapadas e lacradas com a sua firma, para evitar todo e qualquer dolo que possa haver, a fim de não se malograrem os bons efeitos da mesma Água, aprovada pelos facultativos; sendo preço da Água que leva cada garrafa 20 reis na sua nascente."
( Entre ambos os rios... Será entre ambos os aves?)
Aviso
"Luis José da Rocha, Administrador da Botica do Hospital Real da Misericórdia da Cidade do Porto, obteve Provisão Régia para só ele vender Água férrea sulfurea do seu prédio de Entre ambos os rios; a qual se vende na mesma Botica em garrafas tapadas e lacradas com a sua firma, para evitar todo e qualquer dolo que possa haver, a fim de não se malograrem os bons efeitos da mesma Água, aprovada pelos facultativos; sendo preço da Água que leva cada garrafa 20 reis na sua nascente."
( Entre ambos os rios... Será entre ambos os aves?)
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