Ainda as Capelas de Sobrado e de Romão (2)
As tensões crescentes entre o poder religioso e o poder civil decorrentes da implantação da República (1910), percorreram a nação lusa a todos os níveis até ao autárquico. Essa tensão manifesta-se também na "Comissão Parochial Administrativa" que, transitoriamente, substituiu a extinta "Junta de Parochia".
Em acta de 9 de Junho de 1912, pode ler-se: "A Comissão deliberou pedir a demissão atendendo a que, tanto o presidente como os seus vogais, julgando-se homens de carácter, não podem de forma alguma admitir a coacção que sobre as suas atribuições se está exercendo por pressão completamente estranha a elles."
Na mesma acta, pergunta-se a seguir "com que direito se apossou das chaves da egreja de Sobrado o reverendo Adriano Filippe Moreira da Silva? Com que direito vai apossar-se, segundo consta, das chaves da capella de Romão?"
No ano seguinte, em 13 de Dezembro, regista-se que foi anunciada a ida à praça (leilão) da capela de S. Lourenço de Romão no dia 18 de Janeiro de 1924, ao meio dia ,na Direcção d eFinanças do Porto. Na reunião desse dia, foi também decidido enviar um ofício à "Comissão Central da Execução dos Bens das Egrejas protestando contra a venda da dita capella e pedindo-lhe ao mesmo tempo a sua entrega à mesma Junta de Freguezia."
Em acta de 9 de Junho de 1912, pode ler-se: "A Comissão deliberou pedir a demissão atendendo a que, tanto o presidente como os seus vogais, julgando-se homens de carácter, não podem de forma alguma admitir a coacção que sobre as suas atribuições se está exercendo por pressão completamente estranha a elles."
Na mesma acta, pergunta-se a seguir "com que direito se apossou das chaves da egreja de Sobrado o reverendo Adriano Filippe Moreira da Silva? Com que direito vai apossar-se, segundo consta, das chaves da capella de Romão?"
No ano seguinte, em 13 de Dezembro, regista-se que foi anunciada a ida à praça (leilão) da capela de S. Lourenço de Romão no dia 18 de Janeiro de 1924, ao meio dia ,na Direcção d eFinanças do Porto. Na reunião desse dia, foi também decidido enviar um ofício à "Comissão Central da Execução dos Bens das Egrejas protestando contra a venda da dita capella e pedindo-lhe ao mesmo tempo a sua entrega à mesma Junta de Freguezia."
Penso que foi aqui que, o que restava da antiga igreja de Romão passou, definitivamente, para as mãos de particulares.
* Na foto, vê-se a base do actual Cruzeiro de Romão que penso ser contemporânea da igreja de Romão.
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